Clipping Banco Central (2021-01-13)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
quarta-feira, 13 de janeiro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Bitcoins

de2020, o bitcoin vive um rali, se valorizando 343%.


Outro fator para a forte alta é que o bitcoin é finito e sua
emissão está perto do fim. Na sua criação, estabeleceu
se que podem haver apenas 21 milhões de biteoins.


"Estamospróximos de 90% disso. O bitcoin émiúto
valioso por sua escassez. Cerca de 80% do que já foi
emitido não está sendo movimentado, está sob
custódia", afirma Safiri Felix, conselheiro da ABCripto
(Associação Brasileira de Cripto economia).


Além da descrença por parte do mercado, a
criptomoeda mais conhecida do mundo tem
dificuldades de penetrar nas economias por sua grande
volatilidade.


"O bitcoin é uma reserva de valor, mas, para ser
considerado reserva de valor, precisaria ter menos
volatilidade. Se todo o mundo concorda que é, passa a
ser [reserva de valor]", afirma Cunha.


Segundo o banco americano JPMorgan, o bitcoin se
tornou um rival do ouro e poderá ser negociado a até
US$ 146 mil se conseguir se estabelecer como um ativo
seguro.


"A competição do bitcoin com o ouro já começou",
disseram estrategistas do banco em relatório de 5 de
janeiro, citando as recentes saídas de US$ 7 bilhões do
ouro e entradas de mais de US$ 3 bilhões no Grayscale
Bitcoin Trust, que funciona como um fundo de índice
que acompanha o movimento do bitcoin.


Segundo o banco, a criptomoeda ganha força em
detrimento do ouro à medida que os jovens se tornam
cada vez mais presentes no mercado de investimentos,
dada a sua preferência pelo "ouro digital" em relação ao
ouro tradicional.


"Nunca houve conjunção tão favorável para esse
investimento. Risco de queda está menor que em 2017",
diz Felix, da ABCripto (Associação Brasileira de
Criptoeconomia).


Em janeiro de 2017, o bitcoin valia US$ 1.000. Em
dezembro daquele ano, chegou a US$ 19 mil. Em maio
de 2018, caiuparaUS$ 7.000.

A expressiva variação de preço levou o mercado a
classificar a valorização criptomoeda como uma bolha.

"Em 2017, eram investidores do varejo, agora são
institucionais, fundos multimercado investindo na
moeda", afirma Felix.

A presença de fundos faria frente à aura especulativa
que a moeda ganhou em 2017.

Outra mudança positiva é a autorização para que
bancos americanos façam custódia de bitcoin.

Segundo Felix, o passo é importante para a confiança
do mercado nas moedas digitais.

A segurança é justamente o que muitos investidores
procuram no bitcoin. Não há nenhuma instituição ou
país por trás da moeda, só um sistema criptografado e
verificável, com transações gravadas via tecnologia
blockchain.

"Ter o patrimônio totalmente dependente de fatores
políticos é complicado. As pessoas veem bitcoin cada
vez mais como um ativo de segurança. Com todos os
governos mais endividados, as moedas perdem força",
diz Felix.

Assuntos e Palavras-Chave: Banco Central - Perfil 1 -
Bitcoins, Banco Central - Perfil 2 - criptomoeda, Banco
Central - Perfil 1 - Blockchain
Free download pdf