Clipping Banco Central (2021-01-13)

(Antfer) #1

Brasileira quer rede entre startups da América Latina e do Vale do Silício


Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - startups & fintechs
quarta-feira, 13 de janeiro de 2021
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Autor: Mayara Paixão


Para Gina Gotthilf, 34, não é um problema reconhecer
os privilégios que a ajudaram a chegar onde está. A
brasileira vive há mais de 15 anos nos Estados Unidos,
onde estudou filosofia e neurociência e trabalhou em
empresas conhecidas no Vale do Silício, como a
Duolingo, onde foi vice-presidente de marketing e
growth e integrou a equipe executiva.


??"Sinto muita responsabilidade de fazer o que eu
puder para trazer as oportunidades que tive para o
Brasil", diz.


Paulista, Gotthilf é neta de sobreviventes do Holocausto,
que emigraram da Polônia e da Alemanha para o Brasil,
onde se conheceram.


Desde pequena, ela estudou em uma escola bilíngue no
Morumbi, zona oeste da capital. Aos 18 anos, migrou
para os EUA, porque acreditava que encontraria um
leque maior de possibilidades de trabalho.


Foi o inglês, uma barreira para muitos, que ela acredita
ter aberto mais portas em sua carreira. Em razão disso,
desde antes do trabalho no Duolingo, levanta a bandeira
da democratização do acesso ao ensino de idiomas.

Nos últimos meses, uma missão diferente â?"ou nem
tantoâ?" tem movido seu trabalho: fornecer mentoria a
startups latino-americanas e ajudar na conexão de
empreendedores da região. Ao lado de Brian Requarth,
cofundador do marketplace de imóveis Viva Real, e Yuri
Danilchenko, ex-executivo da startup de compras
inteligentes Escale, ela criou o programa Latitud.

Da cidade de Petersburg (Virgínia), em entrevista por
videochamada e email à Folha, Gotthilf explica que a
ideia surgiu durante um curso que fez com Brian no
Vale do Silício. Uma curiosidade em comum fez os dois
se perguntarem: além do capital, quais motivos fazem
com que menos startups unicórnios â?"aquelas cujo
valor de mercado ultrapassa US$ 1 bilhãoâ?" saiam da
América Latina do que do Vale?

"Nós, latinos, entendemos e pensamos em problemas
de escala global. Problemas que pessoas do Vale nem
imaginam que existem", afirma. "Só que estamos
desenvolvendo soluções para cada país. Existe um
potencial de unir essas pessoas, criar uma rede para
fortalecer e aumentar a chance de que grandes startups
surjam da nossa região."

O Latitud, que ainda caminha para definir seu modelo
de negócios, já recebeu a primeira turma com 100
empreendedores latinos que, por um mês, tiveram
mentoria virtual gratuita com tutores de diversos países.
Gotthilf conta que empreendedores brasileiros
constituiram cerca de 60% do grupo. A meta é aumentar
a diversidade de país, setor, gênero e raça.

A segunda turma já tem data definida para começar a
receber mentoria. Em 1º de fevereiro, 300
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