PAINEL
Banco Central do Brasil
Folha de S. Paulo/Nacional - Poder
quarta-feira, 13 de janeiro de 2021
Banco Central - Perfil 2 - TCU
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Autor: Camila Mattoso com Mariana Carneiro e
Guilherme Seto
Sem tempo
O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), diz ao
Painel que os cilindros de oxigênio que chegaram na
região nesta terça (12) foram imediatamente para uso,
zerando a reserva em questão de horas. "Estamos
vendendo o almoço para comprar a janta", afirma.
Segundo ele, ainda deve demorar uma semana para a
situação ter mínima melhora, quando espera construir
miniusinas para produção de oxigênio. "O que chega
substitui outro que está acabando, não dá tempo de
guardar", declara.
PARTE 2
Vivendando o segundo colapso do estado na pandemia,
o governador se defende, diz que sua gestão se
preparou para "todos os cenários", abriu dezenas de
leitos, mas não contava com a falta de oxigênio.
Segundo ele, as fornecedoras locais comunicaram que
não teriam mais como produzir os equipamentos diante
da alta demanda.
MÃO
Eduardo Pazuello (Saúde) visitou Manaus na segunda
(11). Governo federal e Exército estão ajudando na
logística, segundo Lima.
FORÇA
Como revelou o Painel, paralelamente, o Ministério da
Saúde pressiona Manaus a distribuir remédios sem
eficácia comprovada, como cloroquina e ivermectina.
Em ofício, a pasta disse ser inadmissível anão
utilização. Alexandre Padilha (PT-SP) e Marcelo Freixo
(PSOL-R)) acionaram o Ministério Público e o TCU.
SONO...
Prefeito de Manaus até o final de 2020, Arthur Virgílio
(PSDB-AM) diz que prescrever cloroquina é "cretinice",
"absurdo e perversidade". Por outro lado, defende a
ivermectina, que também não tem eficácia comprovada
contra a Covid-19.
...REPARADOR
Virgílio também rebateu Bolsonaro, que disse que
Pazuello foi a Manaus interferir diante do caos. "Não sei
se ele consegue se considerar responsável pela morte
de tanta gente que seguiu seus conselhos pouco
ajuizados. Não sei se consegue colocar a cabeça no
travesseiro. Se sim, tem algo de errado com ele. O que
ele faz custa vidas e é irreparável".
LOUCURA
Secretários de Saúde reagiram com espanto ao oficio.
Eles classificam o documento como "esdrúxulo" e dizem
que, enquanto o mundo discute a vacina, o Brasil fala
em remédios que não funcionam. Alguns deles atribuem
a ideia a Mayra Pinheiro, secretária do ministério,
defensora da cloroquina que se tornou conhecida por ter