Banco Central do Brasil
O Globo/Nacional - Economia
quarta-feira, 13 de janeiro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes
Ministério da Economia já começou as conversas. Os
nomes são mantidos em sigilo, mas técnicos do governo
citam a fabricante chinesa Chery como interessada em
ao menos uma das fábricas.
Integrantes da equipe econômica citam ainda GM e Fiat
como empresas que têm investido no Brasil.
Procurada, a GM disse que "isso não faz parte do
plano" da empresa para o Brasil.
Chery e Fiat não responderam a pedidos de comentário.
Ocupar novamente as unidades que a Ford deixou para
trás também é visto pela equipe econômica como uma
forma de mostrar que outras empresas têm interesse
em investir no pais. Especialistas têm mencionado o
Custo Brasil elevado e a paralisia das reformas como
fatores que contribuem para afugentar grandes
indústrias.
Ontem, a apoiadores, Bolsonaro criticou manchete do
GLOBO que destacou o mau ambiente econômico como
um dos motivos citados pela montadora para justificar o
fim das atividades no país.
O coordenador do MBA em Gestão Estratégica da
Cadeia Automotiva da FGV, Antonio Jorge Martins,
disse que o movimento do governo faz sentido, mas
pode ser difícil encontrar compradores para as fábricas
no setor automotivo.
As empresas instaladas no Brasil já estão
racionalizando as atividades. O fomento para a
utilização das atuais construções da Ford deverá passar
por outros setores - disse.
Apesar de reconhecerem que a saída da Ford do país -
anunciada depois do fechamento da fábrica da
Mercedes-Benz em São Paulo - é uma notícia ruim,
integrantes da equipe econômica avaliam que o
movimento é um reposicionamento global da marca.
"Faltou a Ford dizer a verdade. Querem subsídios.
Querem que continuem dando R$ 20 bilhões para eles,
como fizeram nos últimos anos?"
Jair Bolsonaro, presidente da República
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