Viaje Mais - Edição 175 (2015-12)

(Antfer) #1

100 VIAJEMAIS


zeram de Puebla um centro religioso
e ali ergueram 128 templos católicos,
muitos com uma exuberante fachada
adornada com azulejos típicos e de-
talhes barrocos cheios de ouro.
Na graciosa praça central, que,
como na Cidade do México, tam-
bém é chamada de Zócalo, os pré-
dios são ladeados de arcos, onde
os restaurantes colocam mesas. Está

aí um bom lugar para começar a
visita. Mas o melhor ponto para
contemplar a beleza da praça é no
rooftop bardo Hotel Royale. Vale,
e como vale, ir até lá no happy hour.
Depois, o negócio é fazer o pé-
riplo das igrejas, uma mais incrível
do que a outra. A catedral é a mais
portentosa, mas a Capilla del Rosario
é a mais reluzente, abarrotada de

ouro 24 quilates recobrindo os en-
talhes barrocos. Já na São Francisco
de Acatepec, salta aos olhos a fachada
com azulejos de cerâmica talavera,
feitos na região há 450 anos.
Passei três dias na cidade, e entre
uma igreja e outra percorri também
as fábricas de cerâmica. Os enten-
didos dizem que as peças são de
alta qualidade e as reconhecem só
de olhar o brilho. Deve ser verdade,
já que alguns vasos chegam a ser
vendidos por cerca de R$ 13 mil.
Andei com calma pelas barracas
da feira de artesanato El Parián e
saí de lá com uma garrafa de mez-
cal, aguardente mexicana feita a
partir da agave, planta com a qual
também se faz a tequila, mas com
um processo diferente. O mezcal
se bebe como a tequila, em shots,
mas com laranja em vez de limão
e com sal de gusano, obtido com
a trituração da larva que vive na
agave. Essa larva também é servida
em restaurantes, onde é frita inteira
e oferecida como petisco. É outra

Os prédios
coloniais da
Plaza Zócalo e, ao
lado, as peças de
cerâmica talavera
vendidas na feira
de artesanato El
Parián, em Puebla
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