Viaje Mais - Edição 175 (2015-12)

(Antfer) #1

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checklistde quem visita a Norman-
dia. Em alguns pares de horas, o
monte-ilhota, que passou incólume
ao desenrolar do Dia D na Nor-
mandia, pode estar completamente
cercado de água ou impressionan-
temente afas tado dela – uma dife-
rença que chega a 15 km de exten-
são. Para con seguir assistir à dança
das águas, que ocorre duas vezes
por dia (quando a baía está cheia e
quando está vazia) durante as luas
cheia e nova, fique de olho no site
do Monte Saint-Michel (www.ot-
montsaintmichel.com), o qual in-
forma os horários exatos numa tá-
bua de marés. E aí, na hora em que
a natureza propicia seu show, ficam
disputadas as torres junto das mu-
ralhas, os melhores pontos para
curtir o espetáculo.
Na maré baixa, o entorno de
Saint-Michel por vezes pode ser to-

talmente atravessado a pé. O fenô-
meno altera tanto a paisagem que
até ovelhas e vacas se juntam para
pastar ali (a alimentação é possível
porque o terreno é do tipo pré-salé,
área de pasto onde a maré só sobe
demais em alguns períodos). Quan-
do a água invade a região, a porten-
tosa formação então se transforma
na ilha rochosa e isolada que abriga
uma abadia de há 800 anos, cenário
que a consagrou como um dos maio-
res cartões-postais da França.
Para chegar ao monte, esteja vo-
cê de carro ou de ônibus, é obriga-
tório estacionar numa área reser-
vada, a 2,5 km da entrada. De lá,
é preciso embarcar num dos ônibus
gratuitos que, de forma bastante
organizada, levam até a pista de
acesso da formação-monumento.
E os caminhantes de carteirinha
podem percorrer o trecho a pé.

NONNOONON Nononnono


Uma vez lá, o negócio é subir pe-
las ruas estreitas de paralelepípedos
que, ladeadas por austeras constru-
ções de pedra, passam a sensação
de que se voltou à Idade Média. Nes-
sa caminhada, é uma delícia parar
nos mirantes para fazer fotos, além
de xeretar as lojas ou comer num
dos restaurantes que ocupam as edi-
ficações medievais.
O zigue-zague pelas vielas conduz
à maior atração local, que sempre
congrega uma maré de gente: a mag-
nífica abadia, ampliada considera-
velmente a partir do século 10^0 e
que se transformou num inabalável
forte eclesiástico. Você entenderá as
várias fases de construção pelas ma-
quetes exibidas no primeiro salão
do templo, a sala dos guardas. De-
pois, um conjunto de degraus leva
ao ter raço de Saut-Gautier, que des -
cortina um visual maravilhoso da
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