VIAJEMAIS^97
cán, longe da agitação do centro,
fica a célebre Casa Azul, onde a
pintora Frida Kahlo (1907-1954)
viveu quase toda a sua vida e hoje
é um museu dedicado a ela. Lá estão
expostas muitas obras nas quais
Frida reproduz de forma dramática
o sofrimento físico que uma polio-
mielite e um acidente de ônibus lhe
impuseram desde a infância. Entre
os objetos pessoais estão seus ves-
tidos, encontrados em 2004 no só-
tão da casa, 50 anos após sua morte.
Eram roupas largas, que serviam
para disfarçar os espartilhos para
sustentar a coluna problemática e
uma perna mecânica.
Também não se pode perder o
Museu Arqueológico, que tem a
culos 17 e 18. O local foi fundado
em 1531 num vale entre quatro vul-
cões, o qual, segundo a lenda local,
teria aparecido em sonho ao bispo
espanhol Julian Garces. Por conta
da origem “santa”, os espanhóis fi-
O Museu Dolores
Olmedo tem o maior
acervo de obras de
Diego Rivera; abaixo,
a Pedra do Sol, peça
mais importante
do fabuloso Museu
de Arqueologia; e,
abaixo, à esq., os
instrumentos de
pintura de Frida Kahlo
expostos na Casa Azul,
onde a artista viveu
boa parte da vida
maior coleção de esculturas e ob-
jetos das civilizações que habitavam
o México antes da chegada dos es-
panhóis. No salão mais nobre fica
a Pedra do Sol, uma enorme peça
de basalto de 24 toneladas na qual
está esculpida o calendário asteca,
que dividia o ano em 365 dias. A
Pedra do Sol ficava na cidade de
Tenochtitlán, onde atualmente está
o Zócalo, e foi encontrada em es-
cavações em 1790.
A SANTA PUEBLA
Basta rodar duas horas de carro
da Cidade do México para chegar
a Puebla, uma das cidades históricas
mais encantadoras do país, que pre-
serva cerca de 300 casarões dos sé-