Aero Magazine - Edição 301 (2019-06)

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quanto tempo ainda tem dispo-
nível para seu uso. A aeronave
incrementa sua subida na vertical,
beirando quase dois mil pés por
minuto. Toda a força e dispo-
nibilidade do conjunto motor-
-transmissão ficam evidentes neste
momento. No Long Ranger IV, a
turbina entregava 732 shp de po-
tência enquanto no 505 há enorme
sobra, utilizamos perto de 65% de
sua limitação operacionalmente
permitida.

VIBRAÇÃO
Comando o deslocamento à
frente, aliviando o combustível e
mantenho a agulha PSI próxima
a 90%. Nesta condição, sinto que
o consumo de 210 libras por hora
está bastante adequado para a
altitude e velocidade empregada
próximo a 110 nós. Conforme
o combustível vai sendo con-
sumido, noto um aumento de
velocidade, que chega a 120 nós
já próximos ao pouso.
A sensação do voo é bas-
tante agradável até 110 nós

de velocidade. Acima disso, a
vibração natural de 2/1 gerada
pela rotação das duas pás passa
a ficar mais evidenciada. Além
disso, a aeronave ensaiada não
possui instalado um dispositivo
chamado Cockpit Frahm Damper,
que diminui sensivelmente essa
sensação de cabine, tornando o
voo mais agradável. Conversando
com outros operadores e com
o próprio fabricante, soube que
a efetividade do componente é
maior com velocidades acima de
112 nós e, realmente, com regime
mais elevado e maior velocidade,
a vibração 2/1 sem o componente
instalado é bastante evidente, ain-
da que o sistema LIVE instalado
para amortecer a vibração gerada
esteja presente (nota do editor: o
operador da aeronave utilizada no
ensaio acabou por solicitar a insta-
lação do damper após a realização
deste ensaio).

CONFUSÃO COM TELAS
Como há muitas informações
disponíveis para o piloto, é muito

fácil se distrair com a navegação
entre as suas telas. Para um voo
de avião, em regime de cruzeiro e
altitudes mais elevadas, isso não
representa tanto problema, mas
no voo visual de helicópteros, se
o piloto não estiver familiariza-
do com o sistema e se organizar
previamente com as informações
relevantes que precisa, poderá
elevar sua exposição ao risco
de colisão com pássaros, fios de
alta tensão, relevo ou até mesmo
outras aeronaves.
É possível configurar o
sistema para que alertas sonoros
automáticos ou telas que se abrem
sozinhas durante algum problema
tenham prioridade sobre a tela
selecionada mostrando ao piloto
somente o que realmente é
relevante para aquele momento
do voo.

A ROTA
Continuamos nosso voo abando-
nando a cidade de São Paulo pela
REH Anhanguera Sul, livrando
a área de Jundiaí pelo setor E e
seguindo até a REH Anhangue-
ra Norte. Livro a Terminal São
Paulo no través de Cosmópolis e
ingresso na Terminal Academia
próximo a Limeira que me orien-
ta a seguir por 500 pés acima do
solo, por sobre a Rodovia Anhan-
guera a partir da cidade de Leme
até a cidade de Porto Ferreira.
Tudo segue tranquilo até o
pouso final em Ribeirão Preto que
ocorre uma hora e 36 minutos
após a decolagem, 11 minutos a
mais do que o previsto por alguns
desvios determinados pelo contro-
le da Academia, mas com a sen-
sação de ter voado uma aeronave
moderna, confiável, confortável e
que com certeza veremos voando
em nossos céus.

Até 110 nós, o
voo é agradável.
Acima disso,
a vibração se
faz notar. Um
dispositivo
opcional promete
reduzir essa
sensação de
cabine

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