Aero Magazine - Edição 301 (2019-06)

(Antfer) #1

SEGURANÇA


OPERACIONAL


Os requisitos capazes de garantir que um voo a bordo de uma


aeronave particular ou um táxi-aéreo ocorra sem maiores percalços


POR | FELIPE LIMA


D


ecolar a bordo
de uma aeronave
de carreira não
costuma preocu-
par a maioria dos
passageiros. Com milhares de
voos ocorrendo de forma segura,
todo dia, no mundo todo, há no
imaginário coletivo a ideia de
que voar é seguro. Os números
corroboram essa tese. Segundo
dados da Aviation Safety Network
(ASN), que monitora o transporte
aéreo regular desde 1996, somen-
te 15 dos 37,8 milhões de voos
comerciais realizados no mundo

todo em 2018 envolveram-se
em acidentes fatais. No Brasil,
especificamente, o último grande
desastre aéreo ocorreu há mais
de uma década, em 2007, o que
aumenta a sensação de segurança.
Mas, e quanto à aviação geral,
aquela que envolve aeronaves pri-
vadas e táxis-aéreos? Como fica a
sua segurança ao embarcar em um
voo desse tipo, fretado ou particu-
lar? No Brasil, há duas realidades.
A oficial e a clandestina. Principal-
mente na aviação leve, incluindo
desde experimentais e treinadores
até bimotores mais robustos, pas-

sageiros desavisados ou a procura
de preços mais em conta tendem
a embarcar em aviões ou helicóp-
teros não homologados para o
transporte público, o que pode ser
um problema para a segurança de
voo, como mostraram pelo menos
dois acidentes que ganharam as
manchetes nos últimos meses. Ou,
então, passageiros mais preocupa-
dos com o horário de uma reunião
do que com o grau de fadiga de
seus tripulantes ou as condições
meteorológicasadversasdo
destino podemultrapassaralguns
limites de segurança.
Free download pdf