Aero Magazine - Edição 301 (2019-06)

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MAGAZINE 301 | (^57)
Com a segunda
maior frota de
aviação geral
do mundo,
Brasil oferece
um ambiente
aeronáutica que
é referência
internacional em
muitos aspectos
elas é que o nível de exigência de
uma é maior do que o de outra.
Ou seja, o RBHA 135 possui um
patamar de exigência maior do
que o do RBHA 91 e menor do
que o do RBAC 121. Esse padrão
de segurança deve ser compatível
com a natureza da missão de cada
aeronave, mas também depende
de como cada operador adminis-
tra seus voos e suas máquinas.
“O táxi-aéreo passa por inspe-
ções e análises rigorosas da Anac.
É mantido sob vigilância constan-
te, até porque tem fins comerciais.
A aviação privada, como não
vende passagens, não tem as mes-
mas inspeções contínuas e todo
o padrão exigidos do táxi-aéreo,
o que não quer dizer que ela não
seja segura. O operador privado
tem de estar com toda a documen-
tação em dia, o que pode ser facil-
mente checado no site da Anac, as
inspeções obrigatórias precisam
ser feitas em oficinas homologadas



  • que também sofrem supervisão
    e fiscalização da Anac – e ele só
    opera se alguém certificado pelas
    autoridades atestou que o avião
    está bom”, explica Miguel Ângelo
    Rodeguero, conselheiro e diretor
    de segurança operacional da As-
    sociação de Pilotos e Proprietários
    de Aeronaves, a AOPA.


A CULTURA
Com a segunda maior frota de
aviação geral do mundo, o Brasil
oferece um ambiente aeronáutica
que é referência para o mundo
em muitos aspectos. Um dos
táxis-aéreos pioneiros no país, a
Líder Aviação, hoje a maior em-
presa de aviação de negócios da
América Latina, recebeu este ano
da Petrobras, pelo terceiro ano
seguido, o prêmio do Programa


de Excelência Operacional de
Transporte Aéreo e Marítimo
(Peotram). A empresa é uma
das responsáveis pelo transporte
de cargas e passageiros para as
operações offshore da estatal.
Além disso, foi também a
primeira empresa nacional a
conquistar o terceiro e último
estágio de certificação IS-BAO
(Internacional Standard for
Business Aircraft Operations) em
fretamento de aeronaves. O selo
atesta a qualidade e a seguran-
ça das empresas de aviação de
negócios, bem como a padroni-
zação de suas operações.
“A segurança faz parte da
nossa cultura”, diz Junia Hermont,
superintendente da Líder Aviação.
“Todos os níveis da empresa
estão focados na segurança, na
mitigação e na análise de riscos,
melhorando a sua operação. Tudo
isso está em nosso DNA”, conti-
nua. Segundo ela, ao longo dos
mais de seus 60 anos de história, a
Líder foi pioneira em diversos as-
pectos ligados à segurança de voo.
Um exemplo é a adoção do FDM
(Flight Data Monitoring). “Fomos
a primeira empresa a adotá-lo,
quando isso ainda nem era muito
falado no Brasil”, conta. “Com isso,
todos os dados de voo e os princi-
pais componentes da aeronave são

monitorados, sendo possível atuar
preventivamente na manutenção
da aeronave e ser mais pontual no
treinamento dos pilotos”.

AS OFICINAS
Para Jorge Luís França, diretor
de Qualidade, Segurança, Meio
Ambiente e Saúde da Líder, a
segurança precisa ser alicerçada
por alguns componentes, como
uma política de segurança muito
bem estruturada e amarrada
com todos os setores da empre-
sa, a identificação de todos os
riscos da operação e, finalmente,
a promoção da segurança, com
seminários e treinamentos, além,
é claro, da garantia da segurança
operacional, com a verificação
constante de todos os procedi-
mentos.
Ainda assim, Hernandes
reconhece que existem falhasde
segurança no mercado da aviação
geral brasileiro. “O mercadoevo-
luiu bastante, mas ainda há muito
a ser feito. Também realizamos
manutenção e, às vezes, recebemos
aeronaves que vieram de outras
oficinas e notamos uma sériede
discrepâncias e problemas”, explica
o executivo. “A Anac está muito
ativa em busca de regulamentare
de melhorar a operação, princi-
palmente no que diz respeitoao
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