Aero Magazine - Edição 320 (2021-01)

(Antfer) #1

NA REDE


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NAVBRASILVIRAREALIDADE


CEMAERONAVES
Em menos de três anos, a Pilatus
atingiu a marca de cem aeronaves
da família PC-24 entregues,
número considerado simbólico
no mercado de aviação geral. O
jato de negócios leve, o único
projetado para operar em pistas
não pavimentadas, ainda acumula
a marca de mais de 33.500 horas
de voo. O primeiro PC-24 foi
entregue em 2018, iniciando
um gradual crescimento no
número de aeronaves em serviço.
Inicialmente, a Pilatus restringiu o
número de pedidos, com objetivo
de manter sua produção sob
rígido controle, evitando acumular
ordens de compra em demasia e
sobrecarregar sua unidade fabril.
A Jetfly, operadora do centésimo
PC-24, tornou-se o mais novo
cliente do modelo. Com uma frota
formada por aeronaves turbo-

hélices da linha Pilatus há mais
de 20 anos, a empresa é o maior
cliente do fabricante suíço, com 51
aviões da marca. “Nós acertamos
o alvo com o PC-24: estou muito
animado com essa alta demanda.
Já estamos esgotados para 2021,
mas a carteira de pedidos está
aberta para entregas de 2022
em diante”, destacou Oscar J.
Schwenk, presidente da Pilatus.
Um dos destaques do PC-24 é sua
extrema versatilidade para um jato

de negócios, que, além de poder
operar em pistas de terra, grama
ou cascalho, oferece uma cabine
flexível, que pode ser facilmente
convertida em transporte VIP,
aeromédico, carga, entre outros. A
configuração do projeto permite ao
PC-24 operar no dobro de pistas
em relação a seus concorrentes
diretos, que só podem pousar em
pistas asfaltadas. O jato suíço ainda
favorece as operações em pequenos
aeroportos com pistas curtas.

O presidente Jair Bolsonaro editou na véspera de Natal o
decreto de criação da NAV Brasil Serviços de Navegação
Aérea. A empresa é a primeira estatal criada no atual
governo e será vinculada ao Ministério da Defesa, por
meio do Comando da Aeronáutica. A Nav Brasil absorverá

toda a infraestrutura e o capital humano de navegação
aérea da Infraero, que passará a cuidar exclusivamente da
administração da infraestrutura aeroportuária. Segundo
o governo, a NAV Brasil nasce com uma infraestrutura
estabelecida e já em atividade. No médio prazo, a estrutura
passará a receber alguns órgãos operacionais
que se encontram, atualmente, na estrutura do
Comando da Aeronáutica, que serão transferidos
de acordo com um cronograma ainda em
estudos pelo Departamento de Controle do
Espaço Aéreo (DECEA). A expectativa é que os
militares gradualmente sejam substituídos por
civis contratados por concurso público. “A NAV
Brasil não é, propriamente, uma nova estatal, pois
utilizará a infraestrutura já existente na Infraero,
assim como os quase 1.800 empregados que lhe
serão transferidos por sucessão trabalhista”, explicou
Jeferson Domingues de Freitas, tenente-brigadeiro
do ar, diretor-geral do Decea. A nova estatal terá
o objetivo de implementar, administrar, operar e
explorar a infraestrutura aeronáutica destinada à
prestação de serviços de navegação aérea no Brasil.
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