Aero Magazine - Edição 320 (2021-01)

(Antfer) #1

30 |^ MAGAZINE^320


FAIXADE
INVESTIMENTO

Nãosetratadasuacapacidadefinan-
ceira,mas,sim,doquantoestádispostoa
investirnoprojeto.Pensealémdosrecursos
necessáriosparaa aquisiçãodaaeronave.O
orçamentodevecontemplartambémcustos
anuaisdemanutençãoe operação.Definida
a faixadeinvestimento,é possívelfecharo
lequedeopçõesconsiderandofabricantes,
categorias,modelos,idadee assimpordian-
te.Aochegaraosvalores,vaisesurpreender.
Porexemplo,comatéummilhãodedólares,
é possívelcomprarumBaronG58ano
2012/13ouoptaratéporumturbo-hélice
maisantigo,talvezumKingAirC90fabri-
cadonosanos1980.Desetea oitomilhões
dedólares,o compradorpodeconsiderar
desdeumCessnaCJ4ouumPhenom 300
anos 2014 a 2016atéumCitationSovereign
2008 a 2010ouumLearjet 75 seminovo.Esse
conceitoé aplicávelparatodasascategorias,
deaviõesesportivosa helicópteros.

NOVOOUUSADO


Umaexpressãocomumenteouvidanosproces-
sosdecompradeaeronavesexecutivasé “novo
é novo”,masnemsempreháumarelaçãodiretacoma
capacidadefinanceira.Muitoscompradoresoptampelozero
nãoapenasparareceberumaaeronavenovinhaemfolha,mas,
também,e principalmente,parapoderconfiguraraviônicose
opcionais,definiro acabamentodointeriore a pintura,além
dereceberdafábricatreinamento,garantiase melhorescondi-
çõesdefinanciamento.Poroutrolado,comvaloresnafaixade
compradeumzero,é possível“subir”decategoriaoumodelo,
adquirindoumaaeronaveseminovaouusada,quenãovai
sofrerumaacentuadadepreciaçãoapósa compra,aocontrá-
riodeumanova.Nessecaso,o ganhofinanceiropodepagar
a operaçãopormuitosanos.Masa compradeumaaeronave
seminovaouusadarequercuidadostécnicosdeprofissionais,
poisadicionaváriosfatoresà equação.É precisoavaliarcondi-
çõesgerais,revisões,boletins,atualizações,manutenção,docu-
mentos,precificaçãoetc.Recomenda-seatençãoemdobropara
aeronavesmuitousadas,com 25 a 30anosoumais,queexigem
verificaçõesmaisdetalhadas.Muitosproprietáriosoptampor
umusadocomoportadeentradanaaviaçãoe depoispartem
paraumnovo.

MONOMOTOROUBIMOTOR


1


3


2


Essa dúvida permeia
sobretudo a categoria
de entrada da aviação, tanto no
mercado de asa fixa como no de asas
rotativas. A tecnologia de materiais, a
disponibilidade de potência, a eficiência
de combustíveis e demais requisitos ne-
cessários para a construção de motores
aeronáuticos vêm evoluindo bastante,
seja em aeronaves a pistão, turbo-hélices
ou jatos. Ou seja, os atuais propulsores
oferecem excelente confiabilidade para
aeronaves monomotoras. Os adeptos dos
monomotores celebram principalmente

o baixo custo operacional e a simplicida-
de de sistemas e operação. É seguro voar
com aeronaves monomotoras, desde
que seguindo critérios de manutenção
preventiva, realizando verificações pré-
-voo, respeitando os limites operacionais
e não se aventurando no céu diante de
condições meteorológicas adversas. Já os
simpatizantes dos bimotores defendem
a redundância na motorização como
fator adicional de segurança, mesmo
considerando um custo operacional mais
elevado. Ainda assim, há quem prefira
um turbo-hélice monomotor em vez

de um bimotor a pistão. Em geral, os
bimotores são utilizados para missões
mais longas e, embora não seja uma
regra, as cabines tendem a ser maiores e
mais confortáveis. A decisão entre mono
ou bimotor tem relação com a missão
e o investimento, mas muitas vezes traz
também componente emocional, de uma
sensação de tranquilidade adicional atri-
buída ao segundo motor, que também
pode se tornar um complicador no caso
de voo assimétrico (quando apenas um
dos motores de um bimotor funciona
corretamente).
Free download pdf