26 VIAJEMAIS
N
ão é de hoje que Punta del
Este é o playgroundde verão
da elite uruguaia e de turistas bem
de vida de países da América do Sul,
bem como dos viajantes que osten-
tam um incansável espírito baladei-
ro. Uma multidão que, tanto quanto
para curtir as praias, chega ao bal-
neário ávida por se jogar em altas
festas, aproveitar os restaurantes de
primeira e bater perna pelas ruas
que exibem lojas de grife, galerias
de arte e agradáveis cafés. “Venho
a Punta há cinco verões e nunca en-
trei no mar”, contou a gaúcha Cris-
tine D’Avila enquanto saboreava
uma taça de clericot, bebida que,levando vinho branco e frutas pi-
cadas, é o drinque oficial de Punta
del Este. Isso demonstra que a ci-
dade, a 140 km de Montevidéu,
gravita ao redor da praia, mas seu
sucesso não depende só dela.
Mas Punta só é essa Punta fer-
vida e badalada de dezembro a fe-
vereiro, quando se despe da rou-
pagem de pueblosonolento para se
transformar num dos pointsmais
quentes do continente – e isso lite-
ralmente também, uma vez que o
sol só se põe depois das 21h. As ruas
e estradas, antes praticamente sem
viv’alma, chegam a ter filas de car-
ros, ou, melhor, de carrões. Uru-guaios, argentinos, norte-america-
nos e brasileiros (gaúchos, em es-
pecial) chegam aos montes.
O balneário ocupa uma estreita
e diminuta península (48 km^2 ), e o
epicentro do buchicho está entre
as praias Brava e Mansa, justamente
onde se posiciona o Conrad, um
clássico da hotelaria local. Uma ex-
pansão milionária está a caminho
e acrescentará mais duas torres ao
complexo, que já tem 294 quartos.
Desfiles de moda, leilões de cavalo
e shows de artistas como Shakira e
Joss Stone agitam a temporada, que
não dá trégua nos bares, na balada
Ovo e, claro, no famoso cassinoPunta del Este
Verão em meio a clubes de praia, noitadas e restaurantes top