VIAJEMAIS^29
de uma mão emergem da areia), na
Praia Brava, aproveitando a passa-
gem pelo pedaço para garantir seus
cliques junto a esse ícone local.
A partir dali, a paisagem vertical
à la Guarujá (SP) da península vai
cedendo lugar a aprazíveis avenidas
ajardinadas, ladeadas por casarões
e prédios baixos arrojados. E então
surge a famosa ponte ondulada Leo-
nel Viera, que introduz La Barra, o
primeiro vilarejo que sucede Punta.
Moçoilas bronzeadas e rapazes de
mocassim caminham pela avenida
principal, pontuada por lojas de de-
rou pointe também está “rouban-
do” os holofotes antes exclusiva-
mente voltados a Punta é Manan-
tiales. “O que há de mais empol-
gante na região hoje está justamente
em Manantiales, além de José Ig-
nacio”, atesta o chef francês Jean-
-Paul Bondoux, dono do La Bour-
gogne, celebrado há mais de duas
décadas como o melhor restaurante
de Punta. Segundo ele, são esses lu-
garejos que reúnem um público ver-
dadeiramente AA, que segue a linha
“hippiede butique” e faz jus à al-
cunha de Saint-Tropez da América
Latina atribuída a Punta.
Manantiales é uma antiga vila
de pescadores que se metamorfo-
seou em refúgio de veraneio. São
meia dúzia de quarteirões com gran-
coração e onde está a maior novi-
dade da temporada: o centro de
compras ao ar livre Oh! La Barra,
projetado pelo arquiteto uruguaio
Carlos Ott, conhecido pela repagi-
nação da Ópera da Bastilha de Paris,
em 1989. Os dois andares de lojas
exibem vitrines de grifes como Ver-
sace, Valentino e Carolina Herrera
junto a marcas locais. No átrio cen-
tral há bancos, bicicletas com cesti-
nhas floridas e fontes – e o varal de
guarda-chuvas coloridos faz a alegria
dos fãs de selfies.
A próxima cidadezinha que vi-
À esq., a Casapueblo, conjunto de
construções branquinhas concebidas
pelo artista Carlos Vilaró; no alto, uma
das praias de Punta, que só enchem
no meio do dia; e, acima, a região do
porto, cheia de bares e restôs bacanas
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