VIAJE MAIS^57
trar nos bares e a contribuição aos
músicos é voluntária.
Diferentemente de muitas ou-
tras partes dos Estados Unidos, em
New Orleans é permitido beber na
rua. Por isso, a Bourbon Street ga-
nhou um quê de Las Vegas, com
um clima de “aqui tudo pode”, o
que explica os grupos de garotas
fazendo despedidas de solteira.
Se quiser ares mais maduros e
menos “décadence avec élégance”,
siga para outra região, a poucos
quarteirões dali: a Frenchmen
Street, com clubes de jazz tão mo-
vimentados quanto na Bourbon e
com a mesma qualidade que marca
New Orleans.
ATRAÇÕES DA FRENCH QUARTER
Durante o dia, a melhor coisa
a fazer na cidade é explorar com
calma as ruas do French Quarter.
Não deixe de passar no Café du
Monde, aberto desde 1862, cujo
cardápio enxuto traz só uma esp e-
cialidade: os beignets(uma espécie
de bolinho de chuva coberto com
uma montanha de açúcar). Nos fins
de semana, longas filas se formam
na cafeteria para comer esse quitute,
que vai muito bem com o tradicio-
nal café au lait de New Orleans,
um café com leite que leva um exó-
tico tempero: a chicória. A receita
veio com os franceses que ficaram
na cidade até 1788.
Poucos passos à frente, o French
Market é mais um bom lugar para
matar a fome. É um mercado com
barraquinhas que vendem o “po-
-boy”, sanduíche típico da Loui-
siana. É uma espécie de baguete
que ganhou o nome por ter sido
alimento dos poor boys).
Na esquina da Bourbon Street
com a Charles Street, vale a pena
pegar um bondinho elétrico em di-
reção ao Garden District, área de
mansões pomposas do século 19,
entre elas, a de Sandra Bullock. No
caminho, não importa a época do
ano, as árvores e os fios elétricos
estão pontuados por cola res colo-
ridos pendurados. São resquícios
do carnaval, o Mardi Gras, quando
o pessoal arremessa das sacadas
não só os colares, como também
bonecas e bichos de pelúcia, en-
quanto os carros alegóricos e fol iões
mascarados desfilam pelas ruas.
Desça na Magazine Street, rua
bem local de so rveterias, lojas e ga-
lerias e, para o almoço, a dica é pa-
rar no colorido Joey K’s (na esquina
da Magazine com a 7 th), que aposta
na comida caseira d e pratos tradi-
cionais como a jambalaya creole
(espécie de paella) e o “po-boy”.
Jam session em bar da
Frenchmen Street: a área é mais
elegante do que a Bourbon
FOT
OS:
SH
UTT
ERS
TOC
K
NAT
ÁLIA
MA
NCZ
YK
NAT
ÁLIA
MA
NCZ
YK