Viaje Mais - Edição 186 (2016-11)

(Antfer) #1
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VIAJE MAIS


Foi assim, perdido em meio aos
lenços vermelhos e brancos usados
como turbantes pelos homens e às
pashiminas coloridas que vestem
as mulheres, além dos cheiros de
café com cardamomo (orgulho na-
cional), tâmaras e uma série de tem-
peros, que fiz minhas compras: uma

camisa da seleção de futebol da Jor-


dânia para mim, e um jogo de chá,


especiarias, mirra e cosméticos para


minha esposa.


Em todas as lojas, a fórmula se
repetiu. Um chá (muito bom) foi
servido, o vendedor pediu para eu
sorrir antes de anunciar o preço,
eu comecei a barganhar, entramos
em um longo processo de negocia-
ção e, pronto: negócio fechado. Só
não deu para compr ar mais porque
logo descobri que a moeda jorda-
niana é valiosa (1 dinar jordaniano
é o equivalente a quase R$ 5) e nada
é muito barato por lá.

DE NORTE A SUL
A partir de Amã, é possível fazer
uma série de passeios pela região.
O mais indicado é contratar tours
fechados com operadoras de turis-
mo ou recorrer a um guia. Não por
falta de segurança, já que a Jordânia,
ao contrário de alguns países que
estão ao seu redor, é pacífica e tem
poucos problemas relacionados a
guerras, terrorismo ou mesmo as-
saltos. “Aqui, é 100 % seguro. Para
os visitantes, 200%”, afirma em
bom português o guia Luay Hawas,
que morou em Santa Cruz do Sul
(RS). Foi ele que levou o grupo do
qual eu fazia parte a Jerash, loca-
lizada pouco mais de 50 km ao nor-

te da capital. A cidade é uma das
mais bem preservadas do antigo
Império Romano. Há muito que
ver por lá, como o Arco de Adriano,
o Templo de Zeus, a Alameda das
Colunas e os Teatros Norte e Sul.
Ao sul de Amã, há muitos outros
lugares que merecem a visita na Jor-
dânia, como Madaba (pronuncia-
-se Mádaba), a 45 minutos da ca-
pital. Conhecida como Ci dade dos
Mosaicos, abriga a Igreja Ortodoxa
Grega de São Jorge, em cujo piso
há um mapa bizantino do século 6 º
que representa a visão de Moisés
da Terra Santa. São cerca de 25 m^2
de desenhos formados por milhares
de pedacinhos de pedra colorida
mantidos em estado original.
Para ter uma visão panorâmica
da região, vale subir ao Monte Ne-
bo. São 20 minutos de caminhada
leve até o cume, do qual é possível
observar o Vale do Jordão, o Mar
Morto e, nos dias de céu aberto, al-
gumas cidades israelenses, entre
elas, Jerusalém. O Monte Nebo é
muito visitado por peregrinos, pois
ali Moisés teria morrido e sido en-
terrado após avistar a Terra Pro-
metida na reta final do êxodo.

Antigo teatro
romano, em Jerash
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