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A VIDA NO MAR MORTO
Uma estrada bucólica, com ove-
lhas às margens da pista, de apro-
ximadamente 100 km, leva de Ma-
daba ao litoral do Mar Morto. Na
realidade, esse estranho mar no in-
terior do continente se trata de uma
lagoa gigante, com 50 km de com-
primento por 18 km em sua parte
mais larga, alimentado pelas águas
do Rio Jordão, na fronteira entre
Jordânia e Israel.
O Mar Morto é dez vezes mais
salgado do que qualquer oceano
do mundo, o que explica a ausência
de peixes em suas águas. Está loca-
lizado no ponto mais baixo da su-
perfície da Terra, a cerca de 400
metros abaixo do nível do mar. Em
sua costa não há cidades, mas uma
sequência impressionante de resorts
estrelados, nos quais vale, e muito,
se hospedar por uma ou duas noites.
Só assim é possível curtir a praia.
Ou melhor, o mar, já que a praia
em si não tem nada demais, com
areias escuras cobertas por pedras
e sal grosso. Já as águas... Entrar no
Mar Morto é como ver neve pela
primeira vez. Uma experiência in-
crível. A água é cristalina, morna e
oleosa. E, de tanto sal (mais de 33%
de sua composição), não permite
que se afunde. Sem o menor esfor-
ço, todo mundo fica lá boiando.
Até mesmo quem não sabe nadar.
Há quem pegue um livr o para ler
enquanto está deitado na água. Ou
um jornal. Eu prefer i relaxar e ficar
apenas admirando a paisagem,
olhando ora para o lado de Israel,
ali pertinho, ora para o da Jordânia
e seus resorts suntuosos.
Nas praias do Mar Morto,
próximo a Madaba, há
dezenas de resorts de
redes internacionais
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Mulher boia sem fazer esforço,
e o banho de lama “medicinal”
em praia do Mar Morto, o mais
salgado do mundo
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