Capítulo 7: A
experiência da
separação
Eradomingoeodiaamanhecia
emLondres.Chadteveumsonomuito
agitadoenãoconseguiaficarnacama,
na deliciosa preguiça que sempre
gostadeexperimentarnestesdiasem
quenãovaiaotrabalho.
Preparouumcháeligouo IPad
que estava sobre o criado-mudo em
seuquarto.Queriasaberseasquatro
caixas que enviara, há mais de duas
semanas, haviam chegado em seu
destino.
Comos códigosderastreio em
mãos, verificou que cada objeto
enviadohaviasidoentregueconforme
o planejado.Só restava saber quanto
tempocadaumadasquatromulheres
demoraria para recordar toda a
históriaquehaviamvividojuntas.
Chadjáhaviarecordadoaépoca
em que as cinco eram crianças e
habitavam uma pequena aldeia na
região da Bretanha, na França.
Lembrou-se das casas que eram
dispostasemformadecírculoeforam
construídas com aspedras daregião.
Lembrou-setambémquenocentrodo
círculo havia uma fogueira que era
acesa à noite ou durante os rituais.
Como elas gostavam de estar ali,
brincando e dançando ao redor do
fogo.
Eram cinco meninas
praticamente da mesma idade, que
nasceramecresceramjuntas.Sentiam-
se livres e seguras para brincar no
campo,nos arredoresdaaldeia,subir
emárvores,andar apelonos cavalos.
Aprenderamcomospaisqueavidaé
umasucessãodenovasexperiênciase
descobertas, então era assim que
passavam seu tempo, descobrindo
coisas.
Faziampequenasexcursõespela
regiãoporissoconheciambemolocal.
E iam deixando em cada trilha, em
cadapedra,emcadariachoamarcade
suaalegria.Chad recordou-sedecada
passeio, dos banhos no riacho, das
gargalhadas quando jogavam água
umasnasoutras.
A proximidade com a natureza,
desde muito cedo, permitia a elas
manter contato com os seres
elementais, os guardiões do mundo
natural, os quais recebiam as cinco
meninascom carinhoedeixavamque
elasatravessassemafronteiraentreos
doisuniversosparabrincar.