National Geographic - Portugal (2021-02)

(Antfer) #1
É PRECISO UMA COMBINAÇÃO IMPROVÁVEL DE FACTORES
GEOLÓGICOS, OROGRÁFICOS E METEOROLÓGICOS
para que se formem, na praia do Norte
da Nazaré, as ondas gigantes que têm
corrido o mundo desde que um surfista
norte-americano, Garrett McNamara,
as popularizou. Descubra os
“ingredientes” de uma receita
quase irrepetível no planeta.

UMA CONSPIRAÇÃO DE ELEMENTOS


A ACÇÃO REGULAR DO CANHÃO
Esta depressão tem efeitos
poderosos na ondulação.
Quebra as ondas em duas,
aumentando a sua velocidade
enquanto elas percorrem
a zona do canhão.

A IMPORTÂNCIA DO FUNDO
Em alto-mar, mesmo
as grandes tempestades
costumam produzir
ondulação constante
se a profundidade
for considerável.

5 km

Altura média
de uma onda.
Menos de 5m
0

5

10

15

20

25

30metros

227 km

O CANHÃO DA NAZARÉ
É uma depressão profunda no mar e
constitui um dos maiores canhões
submarinos da Europa continental,
com 227 quilómetros de extensão
Chega a ter 5.000 metros de
profundidade e prossegue até às
imediações da costa. O canhão poderá
estar associado à falha sísmica da Nazaré.

No Outono e no Inverno,
as tempestades são
mais frequentes,
produzindo ondulação
com mais energia.

Nazaré

Peniche

Garrett McNamara
2011
23,70m

Rodrigo Koxa
2017
24,38m

Torre de Belém
30m

NAZARÉ

ILUSTRAÇÃO DE ANYFORMS DESIGN

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