24 NATIONAL GEOGRAPHIC
FOTOGRAFADO NO MUSEU DE HISTÓRIA
NATURAL DO CONDADO DE LOS ANGELES
(MORCEGO E PANGOLIM)
Os cientistas ainda estão
a tentar descobrir a origem
do coronavírus conhecido
como SARS-CoV-2.
O morcego-de-ferradura-
-grande e o pangolim-chi-
nês (à esquerda) foram
contemplados como
possíveis hospedeiros. Vírus
encontrados em ambas as
espécies são parentes do
vírus pandémico. Maciej
Boni, professor associado de
biologia da Universidade
Penn State, e uma equipa
internacional, conseguiram
rastrear o vírus até há cerca
de cem anos, quando os
coronavírus dos pangolins
divergiram dos coronavírus
dos morcegos. Há 40 a 70
anos, o vírus SARS-CoV-2
poderá ter evoluído a partir
dos vírus de morcegos
conhecidos mais estreita-
mente aparentados.
“Sabe-se pouco sobre a
diversidade destes vírus”,
disse Maciej Boni, acrescen-
tando que foram identifica-
das dezenas de milhares de
genomas de vírus de gripes
avícolas, mas menos de cem
são conhecidos como
coronavírus. “Em princípio,
poderá haver vírus mais
próximos do SARS-CoV-2
ou muito parecidos com o
SARS-CoV-2, a circular
entre morcegos: no entanto,
ainda não fizemos estudos
suficientes em morcegos e
não sabemos.” Este morcego
(morcego-de-ferradura-
-grande) foi capturado na
região de Tashkent, no
Usbequistão, em 1921.
O pangolim (Manis
pentadactyla) veio
da província chinesa
de Guizhou, em 1945.