45Por sorte, Veneza é um típico
passeio de um dia. Os turistas che-
gam pela manhã, passam o dia ba-
tendo pernas e vão embora no co-
meço da noite, felizes e esgotados.
É uma estratégia para fugir dos pre-
ços inflacionados dos hotéis locais
dormir nas cidades vizinhas. Mal
sabem eles que estão perdendo o
melhor horário para curtir a cidade.
Durante à noite, Veneza é bem mais
tranquila, perfeita para o giro dei
bacari, como eles chamam por lá
uma volta pelos bares típicos com
intuito de beber e comer os ciccheti
- aperitivo típico veneziano que
consiste de uma fatia de pão acom-
panhado de diversos recheios, si-
milar às tapasespanholas.
A melhor forma de conhecer
Veneza é caminhando, o que não
deixa de ser algo curioso num lugar
com água por todos os lados. Em
média, cada visitante caminha cerca
de 6 km por dia, dobrando esqui-
nas, subindo e descendo algumas
das 400 pontes venezianas. Faça o
mesmo e, quando se der conta, vai
se encontrar perdido. É inevitável.
A cada cinco minutos, você não
sabe mais onde está e tenta procurar
o caminho de volta. O labirinto de
vielas é confuso e as casas não se-
guem uma sequência numérica.
Mas é assim mesmo, de erro em er-
ro, meio sem querer, que você des-