Viaje Mais - Edição 187 (2016-12)

(Antfer) #1
VIAJEMAIS^47

corta o clima intimista. Em certos
lugares, formam-se congestiona-
mentos de gôndolas, e muito pro-
vavelmente o gondoleiro estará em-
punhando um celular e não um
acordeão. Vá apenas se for real-
mente um sonho antigo, ou parte
de uma lista de coisas que você pre-
cisa fazer ao menos uma vez na vida.
Caso contrário, esqueça.


PRAÇA DE SÃO MARCOS
A região mais famosa de Veneza
é a Praça de São Marcos. Justamente
por isso é a mais lo tada tam bém.
Então tente chegar cedo pa ra fugir
das filas para entrar na Basílica de


São
Mar-
cos – a
entrada
na nave
principal é
gratuita, mas
vale a pena pagar
para ir também à sacristia e ao ter-
raço da basílica. Depois, suba ao
topo do campanário, a 98 metros
de altura, de onde se tem uma visão
em 360o. De toda a cidade. E, por
fim, conheça o Palácio Ducale, an-
tiga residência dos manda-chuvas
venezianos do século 14. O palácio
é dividido por um canal, interli-
gado por uma pequena e apertada
ponte, a Ponte dos Suspiros. Por
causa do nome, a ponte foi rela-
cionada a histórias de amor. Mas,
na realidade, ela foi construída pa-
ra fazer a transferência de prisio-
neiros para as celas do palácio. Era
ali que os condenados podiam ter
a última visão do mundo exterior,
daí o nome da ponte. Mas, não
importa, os casais apaixonados
chegam ali e continuam suspirando
da mesma forma.
A Praça de São Marcos é rodea-
da por cafés com mesas ao ar livre.

O mais clássico deles é o Caffè Flo-
rian, o preferido de Casanova, inau-
gurado em 1720. É o mais antigo
da Itália. Do lado de fora, há sempre
uma pequena orquestra para en-
treter a clientela que chega a pagar
uma pequena fortuna (€ 20, ou cer-
ca de R$ 80) pelo café espresso mais
caro do mundo.
Outro lugar emblemático é a
Ponte Rialto, de 1591, principal
ponto de travessia do Grande Ca-
nal. Em toda a sua extensão, dos
dois lados, há diversas lojas de su-
venires baratos. Embora sempre
cheia, é uma boa região para co-
mer, beber e relaxar. Aos pés da
Ponte Rialto, há diversos restau-
rantes nas duas margens do Canal
Grande. São um tanto turísticos,
mas a qualidade da comida não
decepciona. Se quiser algo mais
tranquilo, após atravessar a ponte,
em direção aos bairros de San Polo
e Santa Croce, vire a primeira à
direita, e logo chegará ao simpático
Campo Erberia, um agradável ter-
raço com diversos restaurantes óti-
mos para curtir o vaivém dos bar-
cos no Canal Grande.
Outra forma de atravessar o Ca-
nal Grande é pela Ponte da Acade-

O clássico Caffè Florian, na Praça
de São Marcos; e os ciccheti,
petiscos típicos venezianos
Free download pdf