Adega - Edição 184 (2021-02)

(Antfer) #1

Revista ADEGA - Ed.184 | (^11)


2020


QUE ANO!
Mercado do vinho no Brasil viveu uma temporada
impressionante no ano da pandemia

por Christian Burgos


NEGÓCIOS
DO VINHO

O ANO DE 2020 FOI MARCADO POR
recordes, pela expansão do consumo e
pela recompensa à resiliência e inovação.
O consumo per capta entre os maiores de
18 anos atingiu 2,78 litros/capta segundo
dados da Ideal Consultoria, com o mercado
atingindo 501,1 milhões na soma da
comercialização pelas vinícolas brasileiras
com as importações de vinhos e espumantes
(incluindo os vinhos de mesa), num
crescimento de 31% e 117,2 milhões de litros
em relação a 2019.
Felipe Galtaroça, diretor da Ideal, aponta
que “os espumantes apresentaram redução
de 5% no volume comercializado/importado
em 2020 em relação a 2019, os nacionais
com queda de 1% e os importados 21% de
redução. Os espumantes nacionais Moscatel
registraram crescimento de 2,5%, fechando
2020 com participação de 42% do total
comercializado de espumantes nacionais.”
Muito interessante notar o sucesso e
crescimento ininterrupto do espumante
Moscatel brasileiro na última década, e a
força da categoria em continuar crescendo
mesmo em ambiente de queda geral de
espumantes. Em nossa opinião, isso se
dá pela característica de ser um vinho
gentil aos novos consumidores com preços
acessíveis e surpreendente qualidade.


Os vinhos finos brasileiros dobraram
em volume no ano de 2020 e o crescimento
só não foi maior pela falta de insumos,
mais notadamente de garrafas para envazar
mais vinhos. Essa situação gerou até a
mobilização da Uvibra (União Brasileira de
Vitivinicultura) para a abertura de uma nova
fábrica no Rio Grande do Sul.
Por fim, as importações, somados de vinhos
e espumantes, cresceram 26,5% em volume e
13,6% em valor FOB em dólar.

Destaques de importação
Nos vinhos, cinco países do TOP 10 cresceram
acima da média de mercado em 2020:

Chile – ampliou sua participação no mercado,
crescendo 37,7% em volume e 17,5% em valor.
Além disso, com a queda das vendas para Ásia,
o Chile viu o Brasil se tornar seu principal
destino de exportação no mundo.

Argentina – voltou à segunda posição entre os
importadores com crescimento de 34,6% em
volume e 21,3% em valor.

Portugal – caiu para a terceira posição, mas
foi o único com crescimento em valor, já que
o crescimento de 31,3% em valor superou o
crescimento de 29,3% em volume.
Free download pdf