Adega - Edição 184 (2021-02)

(Antfer) #1

80 |^ Revista ADEGA -^ Ed.184


Fermentação Fermentação

Acréscimo de aguardente

Interrupção da fermentação

Término da fermentação

Acréscimo de aguardente

Aguardente vínica
O álcool usado para fortificação
é geralmente (e legalmente
exigido na maioria dos países)
destilado do vinho, mas pode-
se usar outros tipos de álcool. A
destilação das bebidas alcoólicas
fortificantes é feita com um alto
teor de álcool, geralmente de 95
a 96%. Para assegurar a imediata
interrupção da fermentação, o
álcool adicionado deve ser rápida
e uniformemente misturado com
o mosto em fermentação, e isso é
feito por agitação ou mistura com
ar comprimido.

Fortificação do Vinho do Porto


FORTIFICADO DOCE FORTIFICADO SECO


Nos primeiros tempos, às vezes,
era adicionado conhaque aos
Vinhos do Porto no momento
do embarque, para fortalecê-
los contra os rigores da viagem
marítima para a Inglaterra. No
entanto, a prática de adicionar
aguardente ao vinho antes de
terminar a fermentação, como
hoje é regra, raramente era
seguida no início do século
XVIII. Com o passar do tempo,
tornou-se mais comum, pois
resultou em vinhos mais doces,
mais fortes, mais aromáticos
e, consequentemente, de
maior apelo para o paladar do
consumidor inglês. Mas foi

somente no século XIX que
este método de fortificação foi
amplamente adotado. Diz-se que
o momento crucial para isso foi
a colheita de 1820, que produziu
Vinhos do Porto tão magníficos
que as safras subsequentes
não podiam aproximar-se
da sua riqueza e potência a
menos que fossem fortificados.
Curiosamente, uma das vozes
mais ferozes contra a fortificação
foi o célebre Barão Forrester,
figura lendária na história
do Vinho do Porto e autor do
primeiro mapa detalhado do
Douro. Ele fez campanha contra
a fortificação até sua morte.
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