VIAJEMAIS^39
das mesas de luzes piscantes res-
ponsáveis por criar o clima lounge.
Outra alternativa para a noite
é assistir ao espetáculo de luzes e
som Noches de Leyenda (noites de
lenda), que rola aos sábados e do-
mingos no Lago de la Concordia.
As novidades não devem parar
por aí. A depender da lousa com
anotações que vi na sala do secre-
tário do turismo da cidade, 14 atra-
ções estavam previstas para serem
inauguradas até janeiro de 2017.
Entre elas, a criação da Casa da
Música Mexicana, a abertura de
duas zonas arqueológicas e um
trem ligando o centro histórico à
região arqueológica de Cholula.
São provas de que a cidade, uma
das mais antigas do México, real-
mente não parou no tempo.
PIRÂMIDES ANCESTRAIS
Quando deixei Puebla em dire-
ção à Cidade do México, fiz um
desvio de 13 km para chegar a Cho-
lula, para conhecer a pirâmide mais
larga já construída em todo mundo,
a de Tepanapa, com mais volume
até do que a de Quéops, no Egito.
Foi construída pelos cholultecas,
uma civilização pré-colombiana
que chegou à região cerca de dois
mil anos antes dos espanhóis. A pi-
râmide, feita de adobe (barro pren-
sado), tem tamanho impressionan-
te: 65 metros de altura e 439 metros
de base. Levou seis séculos para ser
finalizada, por volta de 600 d.C.
Quando os espanhóis, finalmente,
chegaram ao interior do México,
em 1521, os cholultecas já haviam
abandonado a área, e a tal pirâmide,
erodida e coberta pela vegetação,
parecia apenas um morro qualquer.
Os espanhóis aproveitaram a ele-
vação para erguer no topo o San-
tuário da Virgem dos Remédios. A
igreja rende um visual de 360 graus
da cidade.
Da pirâmide dos cholultecas,
porém, não ficou só história. Desde
a década de 1930, arqueólogos tra-
balham nas pesquisas do templo e
As simpáticas casas
coloniais coloridas que
abrigam diversas lojas
de arte e cerâmica