Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1
incidência de câncer de cólon
Padrão para rejeitar a
inocência: Acima de uma
dúvida razoável

Padrão para rejeitar uma hipótese nula: Nível de significância estatística (α)

Julgamento correto: Condenar
um estelionatário

Inferência correta: Concluir que há associação entre o consumo de caroteno
e câncer de cólon quando realmente houver essa associação na população
Julgamento correto: Absolver
uma pessoa inocente

Inferência correta: Concluir que não há associação entre o consumo de
caroteno e câncer de cólon quando realmente não houver essa associação
Julgamento incorreto:
Condenar uma pessoa inocente

Inferência incorreta (erro Tipo I): Concluir que há associação entre o
consumo de caroteno e câncer de cólon quando não houver associação
Julgamento incorreto:
Absolver um estelionatário

Inferência incorreta (erro Tipo II): Concluir que não há associação entre o
consumo de caroteno e câncer de cólon quando houver associação

Da mesma forma, o investigador começa pressupondo a hipótese nula
de que não há associação entre as variáveis preditora e de desfecho na
população. Com base nos dados coletados na amostra, ele usa testes
estatísticos para determinar se há evidências suficientes para rejeitar a
hipótese nula em benefício da hipótese alternativa de que há associação na
população. O padrão para esses testes é conhecido como nível de
significância estatística.

Erros Tipo I e Tipo II


Da mesma forma que ocorre com um júri, o investigador pode chegar a
uma conclusão incorreta. Às vezes, uma amostra não é representativa da
população tão somente pelo acaso. Quando isso ocorre, os resultados na
amostra não refletem a realidade na população, levando a inferências
errôneas. Um erro tipo I (falso-positivo) ocorre quando se rejeita uma
hipótese nula que é verdadeira na população; um erro tipo II (falso-
negativo) ocorre quando se deixa de rejeitar (aceita-se) uma hipótese nula
que é falsa na população. Embora os erros tipo I e tipo II não possam ser
totalmente evitados, é possível reduzir a probabilidade de sua ocorrência,
aumentando-se o tamanho de amostra (quanto maior a amostra, menor a
probabilidade de ela diferir substancialmente da realidade vivida pela
população) ou ajustando-se o delineamento ou as aferições nos moldes
que serão discutidos mais adiante.
Neste capítulo e no próximo, lidamos apenas com formas de reduzir os
erros tipo I e tipo II que ocorrem devido à variação ao acaso, também
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