Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1

variável dicotômica entre os casos (isto é, a frequência desse valor entre
os casos), e P 2 representa a proporção esperada para esse valor entre os


controles.
Para estimar o tamanho de amostra para um estudo que será analisado
com o teste do qui-quadrado ou com o teste Z para comparar duas
proporções (Exemplo 6.2), o investigador deve:



  1. Formular a hipótese nula e decidir se a hipótese alternativa é uni ou
    bilateral.

  2. Estimar a magnitude de efeito e a variabilidade em termos de P 1
    (proporção com o desfecho em um grupo) e P 2 (proporção com o
    desfecho no outro grupo).

  3. Estabelecer α e β.


EXEMPLO 6.2 Cálculo do tamanho de amostra para o teste do
qui-quadrado
Problema: A questão de pesquisa é: “Pessoas que praticam Tai Chi
têm um menor risco de desenvolver dor lombar do que as que
praticam corrida?” Uma revisão da literatura sugere que o risco de
desenvolver dor lombar em dois anos é de em torno de 0,30 em
pessoas que praticam corrida. O investigador espera ser capaz de
mostrar que o Tai Chi reduz o risco em pelo menos 0,10. Para um α
(bilateral) = 0,05 e poder = 0,80, quantas pessoas deverão ser
estudadas para se determinar se a incidência de dor lombar em 2 anos
é de 0,20 (ou menos) nas pessoas que praticam Tai Chi?
Solução: Os ingredientes para o cálculo do tamanho de amostra são
os seguintes:


  1. Hipótese nula: a incidência de dor lombar é a mesma em pessoas
    que correm e naquelas que praticam Tai Chi.
    Hipótese alternativα (bilateral): a incidência de dor lombar é
    diferente em pessoas que correm e naquelas que praticam Tai Chi.

  2. P 2 (incidência em pessoas que correm) = 0,30; P 1 (incidência em
    pessoas que praticam Tai Chi) = 0,20. O menor entre esses valores
    é 0,20, e a diferença entre eles (P 1 – P 2 ) é 0,10.

  3. α (bilateral) = 0,05; β = 1 – 0,80 = 0,20.

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