Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1
educação continuada para médicos melhora a taxa de cessação do
tabagismo entre seus pacientes. Suponha que 20 clínicas sejam
aleatoriamente alocadas ao grupo que recebe a intervenção e que 20
clínicas sejam alocadas a um grupo-controle. Os investigadores planejam
revisar, um ano depois, os prontuários de uma amostra aleatória de 50
pacientes fumantes na linha de base de cada uma das clínicas e determinar
quantos deixaram de fumar. Nesse caso, o tamanho de amostra seria 40
(número de clínicas nos dois grupos) ou 2.000 (número total de
pacientes)? A resposta correta situa-se entre esses dois extremos e
depende da semelhança entre os pacientes de cada clínica (quanto à
probabilidade de parar de fumar) em comparação com a semelhança entre
todos os pacientes. Para fazer essa estimativa, podem ser necessários
dados de estudos-piloto, a não ser que outro investigador já tenha feito um
estudo semelhante. Há várias técnicas para estimar o tamanho de amostra
exigido para um estudo que utiliza amostragem por conglomerados (4-7),
mas elas são de difícil uso e geralmente requerem o auxílio de um
estatístico.

Pareamento (emparelhamento)


Vários motivos diferentes levam o investigador a optar por um
delineamento pareado (Capítulo 9). As técnicas apresentadas neste
capítulo, que ignoram qualquer pareamento, fornecem estimativas
razoáveis do tamanho de amostra exigido, a não ser que a exposição (em
um estudo de caso-controle pareado) ou o desfecho (em um estudo de
coorte pareado) estejam fortemente correlacionados com a variável que
está sendo usada para o pareamento. Estimativas mais precisas, que
requerem que o investigador especifique a correlação entre as exposições
ou desfechos nos pares que estão emparelhados, podem ser feitas usando-
se abordagens-padrão (8), softwares estatísticos ou programas interativos
disponíveis na internet.

Ajuste multivariado e outras análises estatísticas especiais


Muitas vezes, ao delinear-se um estudo observacional, conclui-se que uma
ou mais variáveis poderão confundir a associação entre preditor e
desfecho (Capítulo 9). Nesses casos, é possível incluir técnicas estatísticas
no planejamento da análise dos resultados para ajustar para esses
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