Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1
correlacionado com o peso inicial. O tamanho de amostra para esse tipo
de teste t é estimado como na forma usual (Exemplo 6.8); a única
diferença é que a magnitude padronizada de efeito (E/DP na Tabela 6A) é
a diferença antecipada da mudança da variável dividida pelo desvio-
padrão dessa mudança.

Breve comentário técnico


Neste capítulo, sempre se fala sobre testes t para duas amostras, testes
esses usados para comparar valores médios de variáveis contínuas em
dois grupos de sujeitos. Um teste t para duas amostras pode ser não
pareado, se a variável estiver sendo comparada em dois grupos (Exemplo
6.1), ou pareado, se a variável for a mudança em um par de medidas (p.
ex., antes e depois de uma intervenção (veja Exemplo 6.8).

EXEMPLO 6.8 Teste t em medidas pareadas
Problema: Retome o Exemplo 6.1 sobre o tratamento da asma, em
que o investigador testa se o salbutamol, comparado ao brometo de
ipratrópio, produz um aumento adicional de 200 mL no VEF 1. Os
cálculos de tamanho de amostra indicaram a necessidade de 394
pacientes por grupo, um número maior que o disponível. Felizmente,
um colaborador lembra que pacientes asmáticos apresentam grande
variação nos valores basais de VEF 1. Essas diferenças interindivíduos
são responsáveis por grande parte da variabilidade do VEF 1 após o
tratamento, obscurecendo, assim, a medida do efeito terapêutico. Ele,
então, propõe usar um teste t pareado (para duas amostras) para
comparar as mudanças do VEF 1 nos dois grupos. Um estudo-piloto
mostra que o desvio-padrão da mudança no VEF 1 é de apenas 250
mL. Quantos sujeitos seriam necessários por grupo, para α (bilateral)
= 0,05 e β = 0,20?
Solução: Os ingredientes para o cálculo do tamanho de amostra são
mostrados a seguir:


  1. Hipótese nula: a mudança no VEF 1 médio duas semanas após o
    tratamento é a mesma em pacientes asmáticos tratados com
    salbutamol e nos tratados com brometo de ipratrópio.

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