Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1
alterar a questão de pesquisa e devem ser usadas com cuidado (Exemplo
6.10).

EXEMPLO 6.10 Uso de um desfecho mais comum
Problema: Imagine que uma investigadora esteja comparando a
eficácia de uma solução antisséptica para gargarejo com a de uma
solução-placebo na prevenção de infecções de vias aéreas superiores.
Os cálculos iniciais indicaram que a amostra que ela havia planejado,
de 200 estudantes universitários voluntários, era inadequada, em
parte, porque previa que apenas 20% dos sujeitos teriam infecção de
vias aéreas superiores durante o período de seguimento de três meses.
Sugira algumas mudanças no plano de estudo.
Solução: Três soluções possíveis são: (1) estudar uma amostra de
residentes de pediatria, pois provavelmente apresentam incidência
muito maior de infecções de vias aéreas superiores que os estudantes
universitários; ou (2) realizar o estudo no inverno, quando essas
infecções são mais comuns; ou (3) seguir a amostra por um período
mais longo, como 6 ou 12 meses. Todas essas soluções envolvem
mudanças na hipótese de pesquisa, mas sem afetar de forma
significativa a questão de pesquisa em termos da eficácia do
gargarejo de solução antisséptica.

■ COMO ESTIMAR O TAMANHO DE AMOSTRA QUANDO AS


INFORMAÇÕES SÃO INSUFICIENTES

Muitas vezes, o investigador descobre que faltam um ou mais ingredientes
para o cálculo do tamanho de amostra e se frustra ao tentar planejar o
estudo. Esse problema é bastante comum quando se usa um instrumento
desenvolvido especificamente para essa pesquisa (p. ex., um novo
questionário que compara a qualidade de vida em mulheres com
incontinência urinária de estresse versus de urgência). Como decidir que
fração de um desvio-padrão dos escores obtidos pelo instrumento seria
clinicamente relevante?
A primeira estratégia é fazer uma busca extensa sobre estudos
anteriores relacionados a esse assunto e questões de pesquisa semelhantes.
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