Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1
tempo nos níveis dos fatores de risco e as perdas no seguimento. Por fim,
o delineamento de caso-coorte aninhado permite sortear uma amostra
aleatória de toda a coorte para servir como controle para diferentes
conjuntos de casos. O capítulo termina com sugestões sobre como
escolher entre os diferentes delineamentos observacionais discutidos nos
Capítulos 7 e 8.

■ ESTUDOS DE CASO-CONTROLE


Como a maioria das doenças são relativamente incomuns, os estudos de
coorte ou transversais de amostras da população geral apresentam custo
elevado, podendo requerer milhares de sujeitos para identificar fatores de
risco para uma doença rara como o câncer gástrico. Como discutido no
Capítulo 7, uma série de casos de pacientes com a doença, por sua vez,
poderia identificar um fator de risco óbvio (como, p. ex., para a AIDS, o
uso de drogas injetáveis), a partir de conhecimentos prévios sobre a
prevalência do fator de risco na população geral. Para a maioria dos
fatores de risco, no entanto, é necessário montar um grupo-controle, de
referência, para que a prevalência do fator de risco nos sujeitos com a
doença (casos) possa ser comparada com a prevalência em sujeitos sem a
doença (controles).
Os estudos de caso-controle são retrospectivos (Figura 8.1). O estudo
identifica um grupo de sujeitos com a doença e outro sem, e então olha
para o passado para identificar diferenças nas variáveis preditoras que
possam explicar por que os casos desenvolveram a doença e os controles
não (Exemplo 8.1).
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