Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1

FIGURA 8.2 Motivos pelos quais os casos em um estudo de caso-controle podem
não ser representativos de todos os casos com a doença.


Em geral, o viés de amostragem torna-se preocupante quando a amostra
de casos é não representativa com relação ao fator de risco sob estudo.
Doenças que normalmente exigem hospitalização e que são de fácil
diagnóstico, como fratura de bacia e amputações traumáticas, podem ser
amostradas seguramente a partir dos casos diagnosticados e acessíveis,
pelo menos em países desenvolvidos. Por outro lado, condições clínicas
que podem não chegar ao cuidado médico não são adequadas para esses
estudos retrospectivos devido à seletividade que precede o diagnóstico.
Por exemplo, mulheres atendidas em um ambulatório de ginecologia com
aborto espontâneo no primeiro trimestre provavelmente diferem do total
da população de mulheres com aborto espontâneo, muitas das quais não
buscam atendimento médico. Assim, mulheres com história prévia de
infertilidade seriam hiper-representadas em uma amostra de ambulatório,
aquelas com baixo acesso aos cuidados pré-natais seriam sub-
representadas. Se uma variável preditora de interesse está associada ao
cuidado ginecológico na população (como uso de dispositivo intrauterino
[DIU] no passado), amostrar os casos a partir de ambulatório de
ginecologia poderia ser fonte importante de viés. Se, por outro lado, o
preditor não está relacionado ao cuidado ginecológico (como no caso do
Free download pdf