tipo sanguíneo da mulher), diminui a possibilidade de uma amostra de
ambulatório não ser representativa.
Embora seja importante refletir sobre essas questões, a seleção dos
casos geralmente fica limitada às fontes acessíveis de sujeitos. Mesmo
que a amostra dos casos não seja completamente representativa, ela pode
ser tudo de que se dispõe para trabalhar. As decisões mais difíceis do
delineamento de um estudo de caso-controle, portanto, costumam estar
relacionadas à tarefa mais aberta de selecionar os controles apropriados. A
meta geral é amostrar os controles a partir da população que teria se
tornado um caso no estudo se tivesse desenvolvido a doença. A seguir,
apresentamos quatro estratégias para a amostragem de controles:
- Controles ambulatoriais ou hospitalares. Uma estratégia para
compensar o possível viés de seleção causado pela obtenção dos casos
em ambulatório ou hospital é selecionar os controles no mesmo local.
Por exemplo, em um estudo sobre o uso de DIU no passado como fator
de risco para aborto espontâneo, os controles poderiam ser amostrados
de uma população de mulheres que buscam cuidado médico para outras
queixas (p. ex., vaginite) no mesmo ambulatório de ginecologia.
Presume-se que esses controles, se comparados a uma amostra aleatória
de mulheres da mesma região, representam melhor a população de
mulheres que, se tivessem desenvolvido aborto espontâneo, teriam ido à
clínica e se tornado um caso no estudo.
No entanto, selecionar uma amostra não representativa de controles
para compensar por uma amostra não representativa de casos pode ser
problemático. Se o fator de risco de interesse também é causa das
doenças que levam os controles a buscar atendimento médico, a
prevalência do fator de risco no grupo-controle seria falsamente
elevada, diminuindo ou revertendo a associação entre o fator de risco e
o desfecho. Se, por exemplo, muitas mulheres no grupo-controle
tivessem procurado atendimento no ambulatório devido a uma condição
médica associada com o uso prévio de DIU (p. ex., infertilidade causada
por modelos antigos de DIU), haveria excesso de usuárias de DIU entre
os controles, reduzindo a magnitude da associação entre uso prévio de
DIU e aborto espontâneo no estudo.
Como os sujeitos-controle de hospitais e ambulatórios