Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1

pioglitazona e câncer de bexiga, investigadores de Montreal (20)
realizaram um estudo de caso-controle aninhado ao United Kingdom
General Practice Research Database, que contém registros médicos de
atenção primária completos para mais de 10 milhões de pessoas
vinculadas a mais de 600 clínicas de atenção primária no Reino
Unido. As etapas do estudo foram:



  1. Identificação da coorte e do período de tempo em risco. Os
    investigadores incluíram adultos que receberam pela primeira vez
    prescrição de antidiabéticos orais entre 1º de janeiro de 1988 e 31
    de dezembro de 2009, que haviam sido acompanhados no banco
    de dados por pelo menos um ano antes da prescrição e que tinham
    pelo menos 40 anos de idade no momento da prescrição. A data
    dessa primeira prescrição de antidiabético foi a data de ingresso na
    coorte. Os participantes foram acompanhados até o momento do
    diagnóstico de câncer de bexiga, de morte por qualquer causa, do
    fim da vinculação à clínica de atenção primária ou do término do
    estudo em 31 de dezembro de 2009, o que ocorreu primeiro. Os
    sujeitos com história prévia de câncer de bexiga foram excluídos.

  2. Identificação dos casos, incluindo as datas de ocorrência. Os
    investigadores identificaram os casos incidentes de câncer de
    bexiga por meio do “Read codes”, um sistema para codificação
    dos diagnósticos validado na base de dados de pesquisa em
    atenção primária (21). Para levar em consideração a expectativa de
    que o efeito da pioglitazona sobre o risco de câncer não seria
    imediato, eles excluíram os casos que ocorreram no primeiro ano
    após o ingresso na coorte. Assim, identificaram os 376 casos
    restantes de câncer de bexiga.

  3. Amostragem dos controles a partir de “conjuntos em risco”
    pareados a cada caso. Os investigadores sortearam até 20
    controles para cada caso que não haviam sido diagnosticados com
    câncer de bexiga até o momento do diagnóstico do caso. Os
    controles foram pareados por ano de nascimento, ano de ingresso
    na coorte, sexo e duração do seguimento. O número total de
    controles pareados foi de 6.699 (número médio de controles por
    caso = 17,8).^1

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