Como a doença (neste caso, leucemia) é rara, a razão de chances fornece
uma boa estimativa do risco relativo. Portanto, a leucemia teve uma
probabilidade 1,3 vezes maior de ocorrer após a administração de
vitamina K, mas isso não foi estatisticamente significativo.^3
- Estudo de caso-controle pareado.
(Para ilustrar a semelhança na análise de um estudo de caso-
controle pareado e um estudo cruzado de casos, usaremos o mesmo
exemplo para ambos.) A questão de pesquisa é se o uso de telefones
celulares aumenta o risco de acidentes automobilísticos em indivíduos
que possuem telefone celular. Um estudo tradicional de caso-controle
pareado poderia considerar a frequência autorrelatada de uso de telefone
celular ao dirigir como fator de risco. Assim, os casos seriam pessoas
que sofreram acidentes, e eles poderiam ser comparados com controles
não envolvidos em acidentes, pareados por idade, sexo e prefixo do
telefone celular. Os casos e os controles seriam questionados sobre o
uso de telefone celular enquanto dirigem. (Para simplificar, para fins
deste exemplo, dicotomizamos a exposição e consideramos os
indivíduos como “usuários” ou “não usuários” de telefones celulares ao
dirigir.) Então classificamos cada par de casos e controles em: ambos
usuários, nenhum usuário, caso usuário e controle não usuário ou
controle usuário e caso não usuário. Para um tamanho de amostra de
300 pares, os resultados poderiam ser como os mostrados a seguir:
TABELA 8A.3
CASOS (VÍTIMAS DE ACIDENTES AUTOMOBILÍSTICOS)
CONTROLES PAREADOS USUÁRIOS NÃO USUÁRIOS TOTAL
Usuários 110 40 150
Não usuários 90 60 150
Total 200 100 300
A Tabela 8A.3 mostra que em 90 dos pares o caso falou no telefone
celular pelo menos uma vez enquanto dirigia (usuário), mas não o seu
controle pareado, e em 40 dos pares o usuário foi o controle, e não o caso.
Note que essa tabela 2 × 2 é diferente da tabela 2 × 2 do estudo não