Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1

Aspectos estatísticos


O investigador deve planejar como estimar o tamanho da amostra e como
manejar e analisar os dados. Isso geralmente envolve a especificação de
uma hipótese (Capítulo 5):
Hipótese: Mulheres de 50 a 69 anos com doença coronariana que
tomam suplementos à base de óleo de peixe têm menor risco de infarto
do miocárdio recorrente do que aquelas que não os tomam.
Esta é uma versão da questão de pesquisa que fornece as bases para o
teste de significância estatística. A especificação da hipótese também
permite que o investigador estime o tamanho da amostra – o número de
sujeitos necessários para observar a diferença esperada no desfecho entre
os grupos, com uma probabilidade razoável (um atributo conhecido como
poder estatístico) (Capítulo 6). Estudos inteiramente descritivos (p. ex.,
que proporção dos indivíduos com doença coronariana tomam
suplementos de óleo de peixe?) não envolvem testes de significância
estatística e portanto não requerem a formulação de uma hipótese; nesses
casos, a abordagem análoga seria estimar o número de sujeitos necessário
para alcançar um nível aceitável de precisão nos cálculos de intervalos de
confiança para médias, proporções ou outras estatísticas descritivas.

■ FISIOLOGIA DA PESQUISA: COMO ELA FUNCIONA


A meta da pesquisa clínica é inferir a partir dos resultados do estudo
sobre a natureza da verdade no universo. Dois tipos principais de
inferências estão envolvidos na interpretação de um estudo (conforme
ilustrado na porção superior da Figura 1.1, da direita para a esquerda). A
primeira inferência refere-se à validade interna, ou seja, até que ponto
estão corretas as conclusões do investigador sobre o que realmente
ocorreu no estudo. A segunda refere-se à validade externa (também
denominada capacidade de generalização), ou seja, o quanto essas
conclusões se aplicam a pessoas e eventos externos ao estudo.
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