Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1

FIGURA 11.2 Possíveis desfechos em um ensaio clínico de não inferioridade
comparando um novo medicamento à varfarina para a redução de risco de acidente
vascular encefálico em pacientes com fibrilação atrial, com a margem de não
inferioridade (delta) estabelecida como sendo +2%. Os intervalos de confiança de
95% unilaterais em torno da diferença na taxa de acidente vascular encefálico entre
a varfarina e o medicamento novo são mostrados, ilustrando os desfechos para
superioridade, inferioridade e não inferioridade.


Um dos elementos mais difíceis do planejamento de um ensaio clínico
de não inferioridade é estabelecer a margem de não inferioridade (Δ),
isto é, a perda de eficácia com o novo tratamento que seria considerada
inaceitável (7). Essa decisão baseia-se em considerações estatísticas e
clínicas referentes à potencial eficácia e às possíveis vantagens do novo
tratamento, um processo decisório que requer experiência no assunto (8)
(ver o Apêndice 11A para um exemplo de como isso é feito). Os ensaios
clínicos de não inferioridade geralmente precisam ser maiores do que os
ensaios clínicos controlados por placebo, uma vez que a diferença
aceitável entre o tratamento novo e o já estabelecido geralmente é menor
do que a diferença esperada entre um tratamento novo e o placebo.
É importante ter em mente que a não inferioridade pode não significar
que o tratamento estabelecido e o tratamento novo são ambos eficazes –
eles podem ser igualmente não eficazes ou mesmo danosos. Para um novo
tratamento avaliado em um ensaio clínico de não inferioridade ser
considerado mais eficaz do que o placebo, devem haver evidências
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