Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1
contrário. Essa abordagem permite análises inter e intragrupos. As
vantagens são significativas: ela minimiza o potencial de confundimento,
pois cada participante serve como seu próprio controle, e a análise
pareada aumenta o poder estatístico, sendo necessário um menor número
de participantes. No entanto, há também desvantagens importantes, como
duplicação da duração do estudo, custos adicionais para medir o desfecho
no início e no final de cada período de cruzamento, bem como o aumento
da complexidade da análise e da interpretação dos dados, devido ao
problema dos efeitos residuais (carryover). O efeito residual é a
influência residual da intervenção no desfecho após sua interrupção. Por
exemplo, a pressão arterial pode não voltar aos níveis basais meses após o
curso do tratamento com diurético. Para reduzir o efeito residual, pode-se
introduzir um período de washout sem nenhum tratamento, na expectativa
de que a variável de desfecho retorne aos níveis basais antes do início da
próxima intervenção. No entanto, é difícil saber se o efeito residual foi
completamente eliminado. Em geral, os estudos cruzados são uma boa
opção quando o número de participantes no estudo for limitado e quando
o desfecho responder de forma rápida e reversível a uma intervenção.

FIGURA 11.4 Em em ensaio clínico randomizado cruzado (crossover), devem-se
seguir os seguintes passos:



  • Selecionar uma amostra de participantes a partir de uma população
    adequada para receber a intervenção.

  • Medir as variáveis preditoras e (se adequado) o nível basal da variável
    de desfecho.

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