O viés de verificação diferencial pode ser evitado aplicando o mesmo
padrão-ouro a todos os sujeitos. Quando isso não for factível (como no
caso do estudo sobre mamografia), os investigadores devem fazer todo o
possível para identificar outros estudos que permitam avaliar o quanto
esse viés poderia ameaçar a validade do estudo (p. ex., estudos de
necropsias para avaliar a prevalência de neoplasias assintomáticas em
pacientes que morreram por outras causas em um estudo sobre
rastreamento para câncer).
■ RESUMO
- A utilidade de testes médicos pode ser avaliada usando-se
delineamentos que abordem uma série de questões de complexidade
crescente (Tabela 12.1). Em geral, delineamentos observacionais
comuns fornecem estatísticas descritivas sobre as características dos
testes juntamente com intervalos de confiança.
- Devem-se selecionar os sujeitos para um estudo sobre um teste
diagnóstico a partir de pacientes com um espectro de doença e de não
doença apropriado para a questão de pesquisa, que na maioria dos
casos reflete o uso antecipado do teste na prática clínica.
- Se possível, o investigador deve cegar aqueles que irão fazer a
interpretação dos resultados e a determinação do padrão-ouro,
evitando que tenham acesso a outras informações sobre o paciente
testado.
- Em geral, medir a reprodutibilidade, incluindo a variabilidade inter
e intraobservador, é um bom passo inicial para se avaliar um teste.
- Em estudos sobre a acurácia de testes, é necessário escolher um
padrão-ouro para que se determine se um paciente tem ou não a
doença ou desfecho em estudo.
- Os resultados de estudos sobre a acurácia de testes diagnósticos
podem ser sumarizados usando-se sensibilidade, especificidade,
valores preditivos, curvas ROC e razões de verossimilhança.
Estudos sobre o valor de testes prognósticos podem ser sumarizados
usando-se razões de risco, razões de azares ou melhora líquida
após a reclassificação.
- Os estudos para desenvolver novas regras de predição clínica estão