Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1
O viés de verificação diferencial pode ser evitado aplicando o mesmo
padrão-ouro a todos os sujeitos. Quando isso não for factível (como no
caso do estudo sobre mamografia), os investigadores devem fazer todo o
possível para identificar outros estudos que permitam avaliar o quanto
esse viés poderia ameaçar a validade do estudo (p. ex., estudos de
necropsias para avaliar a prevalência de neoplasias assintomáticas em
pacientes que morreram por outras causas em um estudo sobre
rastreamento para câncer).

■ RESUMO



  1. A utilidade de testes médicos pode ser avaliada usando-se
    delineamentos que abordem uma série de questões de complexidade
    crescente (Tabela 12.1). Em geral, delineamentos observacionais
    comuns fornecem estatísticas descritivas sobre as características dos
    testes juntamente com intervalos de confiança.

  2. Devem-se selecionar os sujeitos para um estudo sobre um teste
    diagnóstico a partir de pacientes com um espectro de doença e de não
    doença apropriado para a questão de pesquisa, que na maioria dos
    casos reflete o uso antecipado do teste na prática clínica.

  3. Se possível, o investigador deve cegar aqueles que irão fazer a
    interpretação dos resultados e a determinação do padrão-ouro,
    evitando que tenham acesso a outras informações sobre o paciente
    testado.

  4. Em geral, medir a reprodutibilidade, incluindo a variabilidade inter
    e intraobservador, é um bom passo inicial para se avaliar um teste.

  5. Em estudos sobre a acurácia de testes, é necessário escolher um
    padrão-ouro para que se determine se um paciente tem ou não a
    doença ou desfecho em estudo.

  6. Os resultados de estudos sobre a acurácia de testes diagnósticos
    podem ser sumarizados usando-se sensibilidade, especificidade,
    valores preditivos, curvas ROC e razões de verossimilhança.
    Estudos sobre o valor de testes prognósticos podem ser sumarizados
    usando-se razões de risco, razões de azares ou melhora líquida
    após a reclassificação.

  7. Os estudos para desenvolver novas regras de predição clínica estão

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