dados relevantes. A maioria dos estudos financiados pelo NIH deve
tornar seus dados disponíveis ao público.
Outras fontes úteis de dados secundários são bases de dados nacionais
disponíveis para o grande público e que não têm um investigador
principal. Bases de dados computadorizadas desse tipo são tão variadas
quanto são as razões que levam investigadores a coletar informações. A
seguir, apresentaremos diversos exemplos que merecem atenção especial,
e os leitores podem localizar outros exemplos nas suas áreas de interesse.
- Registros de câncer
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são mantidos por entidades financiadas pelo
governo que coletam estatísticas completas sobre incidência, tratamento
e desfechos de câncer em áreas geográficas definidas. Esses registros,
atualmente, incluem cerca de um quarto da população norte-americana,
mas espera-se que a cobertura geográfica seja ampliada nos próximos
anos. Um objetivo desses registros é fornecer dados para investigadores
de fora do programa. Os dados de todos os registros estão disponíveis
no Surveillance, Epidemiology and End Results (SEER) Program. Por
exemplo, investigadores usaram o registro do SEER de diagnósticos de
câncer de mama para mostrar que a incidência anual de câncer de mama
positivo para receptor de estrogênio diminuiu 13% em mulheres pós-
menopáusicas entre 2001 e 2003; essa tendência acompanhou a redução
do uso da terapia de reposição hormonal por mulheres pós-
menopáusicas, o que sugere que parar de fazer terapia de reposição
hormonal diminui o risco de câncer de mama (2).
- Registros de declarações de óbito podem ser usados para acompanhar
a mortalidade de qualquer coorte. O National Death Index inclui todos
os óbitos nos Estados Unidos desde 1978. Ele pode ser usado para
averiguar o estado vital de sujeitos de um estudo anterior ou de sujeitos
que são parte de outra base de dados que inclui variáveis preditoras
importantes. Um exemplo clássico é o seguimento de homens com
doença coronariana alocados aleatoriamente para ácido nicotínico em
alta dose ou placebo com o intuito de baixar o colesterol sérico no
Coronary Drug Project. Nenhum estudo havia mostrado benefício de
tratar o colesterol elevado sobre mortalidade, e não houve diferença na
mortalidade ao final dos cinco anos de tratamento randomizado,