Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1

(estudos de grande porte são geralmente publicados, independentemente
dos achados) e que não tenham encontrado associação entre o fator de
risco ou a intervenção e o desfecho (estudos com resultados claramente
positivos são, em geral, publicados, independentemente do tamanho). Se
não houver viés de publicação, é improvável que haja associação entre os
tamanhos dos estudos (ou a variância do desfecho) e seus achados. A
força dessa associação pode ser medida usando o tau de Kendall, um
coeficiente de correlação. Uma forte correlação entre os desfechos e os
tamanhos de amostra sugere a possibilidade de viés de publicação. Na
ausência de viés de publicação, se os tamanhos de amostra forem plotados
contra os desfechos (p. ex., o logaritmo do risco relativo), o resultado
deve apresentar curva em forma de sino ou de funil, com um ápice
próximo da estimativa-sumário do efeito.
A curva em forma de funil na Figura 13.1A sugere que o viés de
publicação foi pequeno, pois foram publicados estudos de pequeno porte
com achados negativos e positivos. A curva na Figura 13.1B, por outro
lado, sugere que houve viés de publicação, pois a distribuição foi truncada
no canto que deveria conter estudos negativos de pequeno porte.

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