Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1

para o estudo: a média ou os extremos. Em um estudo sobre o efeito do
álcool no risco de doenças cardiovasculares, pode ser necessário medir o
consumo médio ao longo do tempo, porém um estudo sobre a influência
do álcool na ocorrência de traumas precisará documentar com que
frequência o respondente ingeriu uma quantidade de álcool suficiente para
ficar intoxicado.
Questões sobre comportamentos usuais podem ser abordadas de duas
maneiras: perguntar sobre comportamento “usual ” ou “típico” ou contar
instâncias do comportamento durante um certo período. Por exemplo,
pode-se determinar o consumo médio de cerveja pedindo-se para os
respondentes estimarem a quantidade de bebida que eles ingerem
normalmente.


Aproximadamente quantas cervejas você toma em uma semana típica
(uma cerveja é igual a uma latinha, uma garrafa de 350 mL ou um copo
grande)?
[__] cervejas por semana

Esse formato é simples e conciso. Entretanto, ele parte do pressuposto
de que o respondente será capaz de expressar seu comportamento habitual
em uma simples estimativa. Como os padrões de ingestão de álcool
mudam frequente e substancialmente até mesmo ao longo de pequenos
intervalos de tempo, o respondente pode ter dificuldade para decidir no
que constitui uma semana típica. Quando questionadas sobre seu padrão
usual ou típico, as pessoas tendem a revelar o que fazem com mais
frequência, ignorando os extremos. Perguntar sobre ingestão de bebidas
em dias normais, por exemplo, subestimará o consumo de álcool caso o
respondente beba grandes quantidades nos finais de semana.
Uma abordagem alternativa é quantificar o grau de exposição durante
um período especificado de tempo.


Nos últimos sete dias, quantas cervejas você tomou (uma cerveja é igual
a uma latinha, uma garrafa de aproximadamente 350 mL ou um copo
grande)?
[__] cervejas nos últimos 7 dias

O objetivo aqui é perguntar sobre um período de tempo recente, o mais
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