■ CONSIDERAR AFERIÇÕES DIRETAS
Os avanços nos instrumentos de aferição e nos ensaios biológicos estão
criando alternativas aos questionários e entrevistas para medir muitas
condições e exposições comuns. Por exemplo, a medida direta da
atividade física por meio de acelerômetros pequenos produz estimativas
mais objetivas e precisas sobre a atividade total, padrões de actigrafia e
gasto energético do que seria possível por meio de questionários (9).
Sensores acoplados aos sujeitos à noite podem medir de forma mais
acurada a quantidade e a qualidade do sono (10). A aferição de níveis
séricos de nutrientes como vitamina D fornece uma medida mais acurada
da exposição ao nutriente do que perguntar sobre o consumo de alimentos
contendo vitamina D. É preciso estar alerta a novas tecnologias, muitas
vezes acopladas a dispositivos eletrônicos wireless, que medem
diretamente características previamente avaliadas apenas indiretamente
por meio de questionários e entrevistas.
■ RESUMO
- Em grande parte dos estudos clínicos, a qualidade dos resultados
depende da qualidade e da adequação dos questionários e entrevistas.
Os investigadores devem buscar garantir o máximo possível de
validade e reprodutibilidade para os instrumentos antes de dar
início ao estudo.
- As questões abertas permitem que os sujeitos as respondam sem as
limitações impostas pelo investigador; e as questões fechadas são
mais fáceis de serem respondidas e analisadas. As alternativas de
respostas para as questões fechadas devem ser exaustivas e
mutuamente exclusivas.
- As questões devem ser claras, simples, neutras e apropriadas para a
população que será estudada. Os investigadores devem examinar
potenciais questões a partir do ponto de vista dos possíveis
participantes, procurando por termos ambíguos e possíveis
dificuldades de resposta, como questões que juntem duas perguntas
em uma só, suposições implícitas e alternativas de resposta que
não combinem com as perguntas.