Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1

CAPÍTULO 16


Gerenciando dados


Michael A. Kohn, Thomas B. Newman e Stephen B.


Hulley


Como visto em capítulos anteriores, para realizar uma pesquisa clínica, é
necessário definir o delineamento, delimitar a população de estudo e
especificar as variáveis preditoras e de desfecho. Ao final do processo, a
maior parte das informações sobre os sujeitos e as variáveis estará em um
banco de dados computadorizado que servirá para armazenar, atualizar e
monitorar os dados, bem como para formatá-los para análises estatísticas.
Nesse banco de dados, também é possível armazenar dados
administrativos, como listagens de chamadas telefônicas, agendas de
visitas e registros de reembolsos. Bancos de dados simples que consistem
em tabelas de dados individuais podem ser mantidos por meio de
planilhas eletrônicas ou softwares estatísticos. Bancos de dados mais
complexos que contêm múltiplas tabelas interrelacionadas requerem
sistemas de gerenciamento de bases de dados.
Para fazer o gerenciamento de dados na pesquisa clínica, é preciso
definir as tabelas de dados, desenvolver um sistema para a entrada dos
dados e realizar consultas (queries) nos dados coletados para fins de
monitoramento e análise. Em ensaios clínicos de grande porte,
especialmente naqueles que buscam obter aprovação regulatória de um
novo medicamento ou dispositivo, os especialistas que criam os
formulários de entradas de dados, gerenciam e monitoram o processo de
coleta e formatam e extraem os dados para análise são chamados de
gerentes de dados clínicos (1). As grandes indústrias farmacêuticas que
realizam múltiplos ensaios clínicos dedicam um volume significativo de
recursos e de pessoal para o gerenciamento de dados clínicos. Embora
geralmente em escala muito menor, os investigadores iniciantes também
precisam estar bastante atentos a questões relacionadas ao gerenciamento
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