Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1

FIGURA 16.1 Tabela de dados simplificada para um estudo de coorte sobre a
associação entre icterícia neonatal e escore de QI aos cinco anos de idade. A
variável preditora dicotômica é “Ictericia”, ou seja, se o escore de bilirrubina total
chegou a 25 mg/dL ou mais nos primeiros dois dias após o nascimento, e a variável
de desfecho contínua é “QI”, o escore de QI do participante aos cinco anos de
idade. Os sujeitos 2390, 2819, 3374 e 3901 não foram examinados aos cinco anos
de idade.


Se os dados do estudo forem limitados a uma tabela única, como a
mostrada na Figura 16.1, eles podem ser facilmente acomodados em uma
planilha eletrônica ou pacote estatístico. Um banco de dados composto
por uma tabela única bidimensional costuma ser denominado arquivo
plano. Muitos pacotes estatísticos possuem funcionalidades adicionais
para acomodar mais de uma tabela, mas, no seu núcleo, a maioria
continua se baseando em bancos de dados de arquivos planos.
A necessidade de se incluir mais de uma tabela no banco de dados do
estudo (e substituir planilhas eletrônicas ou pacotes estatísticos por
programas de gerenciamento de dados) normalmente surge quando o
estudo acompanha o registro de múltiplos resultados laboratoriais,
medicamentos ou outras aferições repetidas para cada sujeito do estudo.
Uma única tabela de dados com uma linha por sujeito do estudo não
consegue acomodar um número grande e variável de medidas repetidas.
Assim, o banco de dados deve registrar os medicamentos, os resultados de
exames e outras medidas repetidas em tabelas separadas, distintas da
tabela dos sujeitos do estudo. Cada linha em uma dessas tabelas separadas
corresponde a uma medição individual, incluindo, por exemplo, o tipo de
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