Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1
coeficientes de variação, assegurar o cumprimento de prazos e oferecer
procedimentos padronizados para lidar com amostras codificadas,
notificar os investigadores sobre resultados anormais e transferir os
dados para o banco principal.

Controle de qualidade do gerenciamento de dados


O investigador deve montar e pré-testar o sistema de gerenciamento de
dados antes de dar início ao estudo. Isso inclui elaborar os formulários
para o registro das aferições; escolher os equipamentos de informática e
os softwares para entrada, edição e gerenciamento dos dados; definir os
parâmetros de edição de dados para entradas faltantes, fora de faixa ou
ilógicas; testar o sistema de gerenciamento de dados; e planejar
tabulações simuladas para assegurar que as variáveis apropriadas sejam
coletadas (Tabela 17.4).
TABELA 17.4 Controle de qualidade do gerenciamento de dados: passos que precedem o estudo
Ser parcimonioso: coletar apenas as variáveis necessárias
Selecionar os equipamentos de informática e os softwares para gerenciamento do banco de dados apropriados
Programar o banco de dados para emitir alertas sobre valores faltantes, fora da faixa permitida ou ilógicos
Testar o banco de dados usando valores faltantes, fora da faixa permitida e ilógicos
Planejar as análises e testá-las com tabulações simuladas
Elaborar formulários em papel ou eletrônicos que sejam
Autoexplicativos
Coerentes (p. ex., opções de escolha múltipla exaustivas e mutuamente exclusivas)
Claramente formatados para entrada de dados, com setas indicando os pulos
Impressos em caixa baixa, usando caixa alta, sublinhado e negrito para ênfase
Esteticamente adequados e de fácil leitura
Pré-testados e validados (ver Capítulo 15)
Rotulados em cada página com data, nome, número de identificação e/ou código de barras


  • Dados faltantes. Dados faltantes podem ser desastrosos caso afetem
    uma grande proporção das medições. Mesmo poucos valores faltantes
    podem, em alguns casos, enviesar as conclusões do estudo. Por
    exemplo, um estudo sobre sequelas a longo prazo de uma cirurgia que
    apresenta taxa de mortalidade tardia de 5% pode subestimar
    consideravelmente essa complicação se 10% dos participantes forem
    perdidos e se a morte for uma razão comum para essas perdas.

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