(livres de erro sistemático), melhorando, assim, a adequação das
inferências causais dessas aferições para os fenômenos de interesse. Em
seguida, abordamos o conceito de validade, um parente qualitativo da
acurácia. Por fim, concluímos com algumas considerações sobre aferições
na pesquisa clínica e translacional, enfatizando as vantagens de armazenar
espécimes para aferições posteriores.
■ ESCALAS DE MEDIDA
A Tabela 4.1 apresenta uma classificação simplificada das escalas de
medida e o seu conteúdo informativo. Essa classificação é importante
porque certos tipos de variáveis produzem estatísticas mais informativas
que outros, o que aumenta o poder estatístico ou reduz as exigências de
tamanho de amostra, além de permitir revelar padrões mais detalhados das
distribuições.
TABELA 4.1 Escalas de medida
TIPO DE
MEDIDA
CARACTERÍSTICAS
DA VARIÁVEL EXEMPLO
ESTATÍSTICAS
DESCRITIVAS
PODER
ESTATÍSTICO
Categórica
Dicotômica Duas categorias Estado vital
(vivo ou morto)
Contagens, proporções Baixo
Nominal Categorias não ordenadas Raça, tipo
sanguíneo
Contagens, proporções Baixo
Ordinal Categorias ordenadas com
intervalos não quantificáveis
Grau de dor,
classe social
Contagens, proporções,
medianas
Intermediário
Numérica
Contínua ou
discreta*
Espectro ordenado com
intervalos quantificáveis
Peso, número
de cigarros/dia
Contagens, proporções,
medianas, médias, desvios-
padrões
Elevado
* As variáveis contínuas têm um número infinito de valores (p. ex., peso), ao passo que as variáveis discretas são mais limitadas (p.
ex., número de cigarros/dia). Quando as variáveis discretas têm um número elevado de valores possíveis, assemelham-se a variáveis
contínuas em termos práticos de poder e análise estatística.
Variáveis numéricas: contínuas e discretas
As variáveis numéricas podem ser quantificadas por meio de um número
que expressa “quanto” ou “quantos”. As variáveis contínuas expressam
“quanto” em uma escala infinita; o número de valores possíveis para o
peso corporal, por exemplo, é apenas limitado pela sensibilidade do