fundamental para estudos grandes e complexos, mas altamente
recomendado também para estudos menores. Mesmo quando houver
apenas um observador, diretrizes específicas por escrito para cada
aferição contribuem para que o desempenho seja uniforme ao longo do
estudo e servem como base para descrever os métodos na hora de
relatar os resultados.
- Treinamento e certificação dos observadores. O treinamento melhora
a consistência das técnicas de aferição, especialmente quando vários
observadores estão envolvidos. É importante testar formalmente o
domínio das técnicas especificadas no manual de operações e certificar-
se de que os observadores alcançaram o nível necessário de
desempenho (Capítulo 17).
- Otimização dos instrumentos. Os instrumentos mecânicos e
eletrônicos podem ser aperfeiçoados para diminuir a variabilidade. Da
mesma forma, os questionários e as entrevistas podem ser redigidos de
forma a ganhar clareza e evitar possíveis ambiguidades (Capítulo 15).
- Automatização de instrumentos. Variações na forma como os
observadores fazem as aferições podem ser eliminadas com dispositivos
mecânicos automáticos e questionários de autorresposta.
- Repetição. O efeito do erro aleatório de qualquer fonte é reduzido pela
repetição das medições e uso da média de duas ou mais leituras. Essa
estratégia aumenta muito a precisão. Suas principais limitações são o
aumento do custo e as dificuldades de ordem prática envolvidas na
repetição das aferições.
Para cada aferição no estudo, deve-se julgar a importância de se
implementar essas estratégias. Sua adoção depende da importância da
variável, da magnitude do potencial problema com a precisão e da
factibilidade e custo da estratégia. De uma forma geral, as duas primeiras
estratégias (padronização e treinamento) devem sempre ser usadas; a
quinta (repetição), embora garanta o aumento de precisão, precisa ser
factível e de custo acessível.
■ ACURÁCIA
A acurácia de uma variável é a sua capacidade de representar o valor
verdadeiro.