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Revista Época/Nacional - Colunistas
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021
Cenário Político-Econômico - Colunistas
De acordo com ela, há um equívoco básico: concentrar
a análise nos aspectos técnicos e acreditar que adotar
medidas de segurança mais rígidas bastará para evitar
o próximo ataque. Não que elas sejam inúteis, mas não
são o mais importante. O que tem maior eficácia é
entender a motivação dos criminosos e agir de modo a
detê-los nas fases finais, quando tentam transformar o
produto do crime em dinheiro ou tirar benefício dele. “Os
três tipos de motivo subjacentes aos incidentes de
segurança — ganho financeiro, espionagem e
humilhação pública das vítimas, por vingança ou para
provocar estrago — aparecem repetidamente na breve
história das violações de cibersegurança”, diz Wolff. “É
nas fases finais que os perpetradores têm menos
flexibilidade e menos opções para mudar de caminho,
são as fases mais suscetíveis a intervenções políticas,
legais e sociais, em vez de defesas e ferramentas
técnicas.” Para evitar megavazamentos como o
brasileiro, portanto, uma vigilância mais rigorosa sobre
as corretoras de bitcoins seria mais eficaz que novos
softwares, tokens, firewalls ou coisas do tipo.
Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas