Newsletter Banco Central (2021-02-13)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Revista Isto É Dinheiro/Nacional - Dinheiro em foco
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

1,92% Foi o aumento do Índice Geral de Preços -
Mercado (IGP-M) nos primeiros dez dias de fevereiro,
ante os 1,89% registrado em igual período de janeiro,
segundo levantamento feito pela a Fundação Getulio
Vargas (FGV). Com este resultado, o IGP-M, conhecido
como índice do aluguel, já acumula alta de 28,17% em
12 meses. A alta nos preços ao produtor contribuiu para
o aumento do percentual, uma vez que o IPA representa
60% do IGP-M, e avançou 2,54% nos dez primeiros dias
de fevereiro.


83,5 pontos Foi o resultado do Indicador Antecedente
de Emprego (IAEmp) da FGV em janeiro. O indicador
apresentou uma queda de 2,2 pontos em relação a
dezembro. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp
interrompeu a tendência de alta iniciada em julho de
2020 ao ceder 0,5 ponto, para 84,5 pontos. Segundo a
FGV, a queda sugere uma perda de ritmo da
recuperação do mercado de trabalho, e a provável
desaceleração da atividade econômica no primeiro
trimestre e o elevado nível de incerteza ainda não
permitem prever melhoras no curto prazo.


ENTREVISTA DA SEMANA - Marcelo Villela, CEO da
Bullla


“Ao afastar os bancos, beneficiamos os tomadores de
crédito e os investidores”


Quem é Marcelo Villela: Engenheiro de produção pela
UFRJ e matemático com pós-graduação no Insead. Foi
diretor da financeira Losango entre 2007 e 2010, e
presidente entre 2015 e 2017.


A Bullla é uma Sociedade de Empréstimo entre Pessoas
(SEP), organização regulamentada pelo Banco Central
(BC) em 2018 e que intermedia tomadores de
empréstimo com pessoas interessadas em investir
dinheiro.


Como surgiu essa ideia?

Passei boa parte da minha trajetória profissional em
uma financeira, a Losango. Eu percebi que o modelo de
concessão de crédito do sistema financeiro não é
eficiente. As taxas são elevadas porque os sistemas
têm de sustentar grandes ineficiências e custos
elevados. E isso prejudica tanto o tomador quanto o
doador dos recursos.

Como assim?

Começando pelo doador de recursos. O investidor que
possui R$ 20 mil para aplicar em um banco grande com
sorte consegue obter uma rentabilidade equivalente à
do CDI, o que quer dizer juros reais negativos, pois a
inflação está quase o dobro da Selic.

E para quem toma empréstimos?

A situação também é ruim. Os bancos têm de ter escala
para sustentar o custo das redes e dos sistemas. Para
isso, os bancos fazem os bons pagadores pagarem
pelos maus. O custo de um empréstimo para o tomador
final é calculado muito mais em função do
relacionamento que o cliente tem com o banco do que
em função do risco que ele oferece.

É isso que encarece o crédito?

Em parte, sim. Há outras causas, como a inadimplência
e a cunha fiscal. Mas é isso que faz com que o crédito
pessoal custe 7% ao mês em um banco grande e até
20% ao mês em uma financeira que se propõe a
atender os negativados.
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